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Agronegócio

BOI/CEPEA: Vantagem do boi sobre a carne se amplia

Agronegócio


Cepea, 10/02/2022 – Enquanto as exportações brasileiras de carne bovina apresentam forte desempenho nestas primeiras semanas do ano – e sustentam os preços da arroba do animal para abate –, as vendas da proteína no mercado doméstico estão enfraquecidas, devido ao alto patamar da carne e ao baixo poder de compra da maior parte da população, o que acaba limitando os avanços dos valores. Dados do Cepea mostram que, diante disso, a diferença entre os valores médios da arroba do boi gordo para abate e da carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo vem se ampliando desde novembro do ano passado. Agora em fevereiro, a diferença já é a maior desde julho de 2016. Na parcial deste mês (até o dia 8), enquanto o valor médio à vista da arroba do boi gordo (Indicador CEPEA/B3, estado de São Paulo) está em R$ 336,03, o da carcaça casada do boi (Grande São Paulo) está em R$ 317,40, ou seja, diferença de 18,63 Reais/@. Em julho de 2016, a diferença foi de 24,36 Reais/@ – para esses cálculos, foram consideradas as médias mensais deflacionadas pelo IGP-DI. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Fonte: CEPEA

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Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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