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Agronegócio

CAFÉ/CEPEA: Volatilidade externa mantém indefinição nos preços do arábica

Agronegócio


Cepea, 23/03/2022 – As cotações do café arábica vêm oscilando nos últimos dias, devido à alta volatilidade dos futuros e do dólar. Nesse cenário, agentes estão retraídos, e o ritmo de negócios está lento. Na terça-feira, 22, o Indicador CEPEA/ESALQ encerrou a R$ 1.276,97/sc, elevação de 1,18% frente ao da terça anterior, 15 – na parcial deste mês, no entanto, a baixa é de 11%. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), os contratos seguem influenciados pelos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia e por fatores técnicos. Ressalta-se que o conflito vem estimulando a vendas dos contratos de café e pode ter impacto no consumo do produto, tendo em vista problemas nos embarques para a Rússia e o aumento geral dos preços dos alimentos. Agentes também seguem atentos aos impactos nos custos de produção da commodity. COLHEITA SAFRA 22/23 – Nas regiões do arábica, a colheita deve se iniciar primeiramente nas Matas de Minas (Zona da Mata) no final de abril, de forma pontual. Para o restante das praças mineiras, em São Paulo e no Noroeste do Paraná, as atividades devem começar em maio. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Fonte: CEPEA

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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