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Caos Aéreo: representantes nacionais da advocacia criticam “campanha de desjudicialização” em Rondônia

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Advogados denunciam que houve mudança das decisões depois de “pressão” das aéreas ao Judiciário. Com as ações improcedentes, os rondonienses deixam de buscar seus direitos.

A Ordem dos Advogados Brasil, Seccional Rondônia, realizou na sexta-feira (8/3) audiência pública para debater “A exigência de procurações atualizadas e comprovantes de residências por juízes”. O evento foi capitaneado pelo conselheiro Federal da OAB, Alex Sarkis, e contou com a presença dos juristas Walter Moura, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor do Conselho Federal da OAB e Marcello Terto, conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Na abertura, Sarkis registrou a presença e passou a palavra ao advogado especialista em direito do consumidor, Gabriel Tomasete, que resumiu a problemática do caos aéreo em Rondônia – falta de voos e preços exorbitantes – e finalizou registrando que Rondônia sofre hoje uma campanha de desjudicialização forçada, que tem barrado o acesso dos cidadãos à justiça.

“Litigância Predatória”

Advogados ouvidos pela reportagem manifestaram indignação por terem sido taxados nacionalmente de “predadores” e “abutres” pela Azul Linhas Aéreas e por alguns juízes, que a eles atribuem a culpa por um suposto “excesso de judicialização” em Rondônia.

Ao abordar o assunto litigância predatória, Moura afirmou que se trata de “um discurso que foi empacotado e vendido e agora está sendo oferecido e isso está sendo consumido pelos centros de inteligência dos tribunais para fechar a porta da advocacia e da cidadania brasileira”.

Captura do Judiciário

O segundo palestrante, Marcelo Terto (CNJ), referiu-se aos “grandes litigantes” como sendo as grandes empresas que sobrecarregam a justiça de processos por praticarem lesões aos consumidores em larga escala. Terto foi contundente ao registrar que “eles (grandes litigantes) já capturaram todas as instâncias de regulação administrativa, Procon, agências e agora querem capturar de vez o Judiciário”.

Dados distorcidos são levados ao Judiciário

Terto finalizou dizendo que se entristece ao saber que os relatórios manipulados levados pelos grandes grupos econômicos ao Judiciário são feitos por colegas advogados, referindo-se a um raro “nicho de mercado”.

Já Moura afirmou que esses advogados e professores que agem para empresas aéreas e outros grandes litigantes têm desvirtuado o termo litigância predatória no próprio meio jurídico, por meio de artigos publicados em sites como Migalhas, Conjur e Jota.

 

PressArt Comunicação
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STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos

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Ministro Dias Toffoli conclui leitura de seu voto

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (4) o julgamento dos processos que tratam da responsabilidade das empresas que operam as redes sociais sobre o conteúdo ilegal postado pelos usuários das plataformas.

O julgamento começou na semana passada e ainda não há placar de votação formado. Somente o ministro Dias Toffoli, relator de um dos processos, iniciou a leitura de seu voto, que deve ser finalizado na sessão de hoje. Mais dez ministros vão votar sobre a questão.

A Corte discute a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.

De acordo com o artigo 19, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens ilegais feitas por seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.

Na semana passada, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da reponsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial, que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.

Por outro lado, os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli já sinalizaram que devem se manifestar a favor de balizas para obrigar as redes sociais a retirarem conteúdos ilegais de forma mais rápida.

Para Moraes, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 demonstraram a “falência” do sistema de autorregulação das redes sociais .

Dias Toffoli afirmou que o Marco Civil da Internet deu imunidade para as plataformas digitais.

Entenda

O plenário do STF julga quatro processos que discutem a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet.

Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de um perfil falso de um usuário.

No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.

A ação relatada por Edson Fachin discute a legalidade do bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por decisões judiciais e chegou à Corte por meio de um processo movido por partidos políticos.

A quarta ação analisada trata da suspensão do funcionamento de aplicativos diante do descumprimento de decisões judiciais que determinam a quebra do sigilo em investigações criminais.

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