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Coluna Simpi – Crédito, tributos e demanda interna complicam a vida das pequenas empresas
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Crédito, tributos e demanda interna complicam a vida das pequenas empresas
No fim de 2023, os principais problemas percebidos pelos pequenos empresários da indústria foram a elevada carga tributária, demanda interna insuficiente e competição desleal (como informalidade e contrabando). A dificuldade de acesso ao crédito e a alta carga tributária têm complicado a situação financeira das pequenas indústrias nos últimos dez anos. A conclusão consta de um balanço da pesquisa divulgada pela CNI. O levantamento analisou a situação financeira em 40 trimestres. Em todos eles, os pequenos empresários industriais registraram dificuldade de acesso ao crédito. O indicador ficou abaixo da média histórica em 21 trimestres para a pequena indústria. Em 2016, o Índice de Situação Financeira atingiu o pior resultado da série com 29,5 pontos. Na época, a taxa Selic (juros básicos da economia) estava em 14,25% ao ano. O indicador manteve-se abaixo da média história de 38,4 pontos de 2015 a 2019, só superando a média em 2020, quando a Selic foi reduzida para 2% ao ano, no início da pandemia de covid-19. Em meados de 2020, o indicador atingiu o maior valor da série histórica, 43,1 pontos. Além dos juros baixos, a criação de programas emergenciais para as micro e pequenas empresas, como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC), favoreceram as finanças das indústrias de menor porte.
Um Projeto de Lei na medida para as pequenas empresas
O SIMPI encaminhou uma proposta ao projeto de lei que busca alterar a legislação geral das micro e pequenas empresas. Essa proposta visa conceder aos empresários de micro e pequenas empresas, que não tenham cumprido as exigências de regularização, uma nova oportunidade de regularização anualmente, durante o mês de julho. “A medida proporciona uma chance adicional para as empresas que enfrentaram desafios no início do ano, permitindo que, no início do segundo semestre, elas ingressem novamente no Simples Nacional, aumentando assim suas chances de permanecerem ativas e regulares”, disse o advogado Marcos Tavares.
A proposta foi minuciosamente analisada e recebeu aprovação unânime da comissão, transformando-se no projeto de lei complementar 228/23. Atualmente, encontra-se sob a relatoria do deputado Vítor Lippi.
Assista:
Desenrola para empresas deve sair neste trimestre
O lançamento da versão para empresas e microempreendedores individuais (MEI) do Programa Desenrola deve sair no primeiro trimestre, disse o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França. Segundo ele, o programa deve beneficiar cerca de 7 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) com dívidas com o governo, de um universo de 15 milhões no país. Esse é o primeiro avanço do programa desde que a ideia foi apresentada pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em novembro do ano passado. De acordo com Márcio França, a versão do Desenrola para as empresas deve contemplar dívidas do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Ele não descartou que o programa seja implementado em fases, como ocorreu com a versão para pessoas físicas do Desenrola, que começou em julho do ano passado e terminará em 31 de março.
Como são feitas as projeções econômicas ?
Você já se perguntou como são realizadas as projeções econômicas, como, por exemplo, o crescimento do PIB? Otto Nogami, economista, compartilha sobre o processo. Embora existam algoritmos complexos que incorporam diversos indicadores para antecipar eventos futuros, Otto destaca uma abordagem mais simples.
“A Confederação Nacional das Indústrias produz um indicador chamado Índice de Confiança do Empresário Industrial, que engloba percepções sobre expectativas, manutenção de estoque e intenção de faturamento. Este indicador reflete como os empresários visualizam o mercado”. Outro indicador relevante mencionado por Nogami é o “Intenção de Consumo das Famílias”, elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.
“Esse indicador é crucial, pois sugere que, à medida que as famílias confiam mais no futuro, a intenção de consumir tende a aumentar”. Ainda destaca-se o índice de Confiança do Empresário do Comércio, também elaborado pela mesma instituição CNC. Este índice reflete a perspectiva de empresários que atuam no comércio e varejo, proporcionando uma visão sobre o que pode ocorrer nos próximos dias.
Por último, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) calcula o Índice de Confiança do Consumidor, que mensura como os consumidores enxergam o futuro. A tendência é que, quando se sentem mais seguros, os consumidores estejam propensos a aumentar suas atividades de consumo.
Assista:
Governança Generativa com a Professora Marcela Argollo
A professora de ESG, Marcela Argollo, falou de um novo modelo de governança: a Governança Generativa.
Este modelo de governança visa antecipar cenários futuros da organização, permitindo a definição de estratégias para melhorar o desempenho e a competitividade.
Marcela destacou os três principais pontos para a implementação prática desse modelo. O primeiro pilar é a arquitetura organizacional generativa, ou seja, a maneira como toda a estrutura de processos e organização é desenvolvida de forma sustentável, inclusiva e colaborativa. O segundo pilar, apontado como crucial por Marcela, é a incorporação da sustentabilidade nos negócios, agindo de maneira consciente e ecológica. O terceiro ponto aborda a cultura generativa. É por meio da integração dessa cultura que líderes alinhados com o propósito da organização são cultivados, e o lucro se torna uma consequência natural.
Assista:
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