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POLÍTICA NACIONAL

Confúcio Moura destaca importância da Pastoral da Criança no combate à desnutrição e à desidratação

POLÍTICA NACIONAL

Nesta terça-feira (05), durante reunião da Comissão da Educação do Senado (CE), data que é celebrado o Dia do Voluntariado e da Pastoral da Criança, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) destacou a importância do trabalho da Pastoral da Criança e da Dra. Zilda Arns. O parlamentar ressaltou duas principais práticas que continuam a salvar vidas:  a multimistura e o soro caseiro, no combate à desnutrição e à desidratação, respectivamente.

O parlamentar disse que ele, nas décadas de 70 e 80, como médico no interior no estado de Rondônia, conviveu muito com a triste realidade da desnutrição. “Muitas crianças chegavam aos consultórios desidratadas, profundamente, e, às vezes, morriam. A mortalidade infantil naquela época era muito alta e a subnutrição era extraordinária, no Brasil, principalmente no Nordeste e no Norte brasileiro“, lembrou.

Confúcio Moura ressaltou que mesmo a pastoral sendo uma iniciativa paramédica, tinha a orientação da grande pediatra Zilda Arns. “Eu registro três eventos grandiosos na Medicina. Primeiro era a multimistura salvadora, a pesagem das crianças subnutridas e a orientação de usar a multimistura, isso era fascinante; o soro caseiro (água, sal e açúcar) para combater a desidratação das crianças ajudou demais o Brasil. E, por fim, mais adiante, nós tivemos a criação dos Agentes Comunitários de Saúde“, pontuou.

Segundo o senador, a Pastoral da Criança protagonizou uma ruptura histórica com o aceite da alta mortalidade infantil que havia no nordeste e nos fundões do Brasil. “Havia uma resignação das autoridades de saúde com aquilo, com a dor de pais e mães perdendo seus filhos o tempo todo. Só se fazia saúde nas instalações hospitalares. Foi maravilhoso sermos apresentados às balanças simples e rústicas manuseadas pelos voluntários da Dra. Zilda“, relembra Confúcio Moura.

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POLÍTICA NACIONAL

Proposta garante atendimento integral da endometriose pelo SUS

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O Senado vai analisar um projeto de lei que cria uma política nacional para prevenir e tratar a endometriose com atendimento integral pelo Sistema …

O Senado vai analisar um projeto de lei que cria uma política nacional para prevenir e tratar a endometriose com atendimento integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o PL 1.069/2023 , o serviço de saúde público terá como diretriz a organização de atendimento específico e especializado para mulheres com essa condição, com acompanhamento multidisciplinar.

O projeto, de autoria da deputada federal Dayany Bittencourt (União-CE), foi aprovado na Câmara dos Deputados no dia 16 de outubro com alterações da relatora, a deputada federal Silvye Alves (União-GO), e agora está no Senado, aguardando envio para as comissões.

De acordo com o texto aprovado, o atendimento multidisciplinar deverá ter profissionais da saúde e outras especialidades, como nutricionistas e psicólogos, conforme a gravidade da doença. A paciente terá acesso a exames complementares, assistência farmacêutica e modalidades terapêuticas, como fisioterapia e atividade física. O atendimento poderá usar também o recurso de telessaúde.

Tratamento

Após a confirmação do diagnóstico de endometriose no SUS, o poder público deverá garantir, além do tratamento adequado, agendamento nos casos com indicação cirúrgica, determina o projeto.

O texto aprovado na Câmara prevê a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Endometriose, com participação do governo federal e especialistas nas áreas de planejamento, gestão e avaliação em saúde, epidemiologia, ginecologia e psicologia. Para isso, poderá haver cooperação técnica com a rede de saúde privada e universidades e parcerias e convênios com outros órgãos públicos, inclusive estaduais e municipais, e entidades da sociedade civil.

O projeto determina ainda que o governo federal deverá se esforçar para implementar, no âmbito do SUS, centros de referência de tratamento da endometriose. Outra medida contida no PL é a inclusão da endometriose com manifestação incapacitante no rol de doenças que independe de carência para a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez.

Campanhas educativas

A política nacional prevê que serão desenvolvidas campanhas educativas (especialmente em escolas e unidades de saúde), formação de profissionais de saúde para o diagnóstico precoce e tratamento adequado da doença e promoção de pesquisas científicas.

A endometriose é uma doença caracterizada pela presença de endométrio fora do útero. O endométrio é a camada que reveste internamente a cavidade uterina e é renovado mensalmente por meio da descamação durante o fluxo menstrual. Em algumas situações, este tecido, além de ser eliminado em forma de menstruação, volta pelas trompas, alcança e se deposita na cavidade pélvica e abdominal, formando a doença que, por vezes, é de caráter crônico e progressivo. A endometriose pode causar cólicas menstruais intensas,dor pélvica e durante a relação sexual,sangramento e dificuldade de engravidar, entre outros problemas.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 180 milhões de mulheres enfrentam a doença no mundo. No Brasil, estima-se que 7 milhões são afetadas pela doença.

“Muitas mulheres sentem cólicas durante o período menstrual e culturalmente são acostumadas a acreditar que sentir cólica é normal. E sabemos que não é. Aliás, cólicas menstruais podem ser os primeiros sintomas da endometriose. O que nos preocupa é que estudos apontam que 57% das pacientes com endometriose têm dores crônicas, e que mais de 30% dos casos levam à infertilidade”, afirma a autora da proposta.

A relatora da matéria na Câmara defendeu que o SUS precisa se aperfeiçoar no atendimento multidisciplinar das mulheres vítimas de endometriose e criar centros de referência especializados no tratamento.

Agência Senado com Agência Câmara

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