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CRIME – Trote prejudica o atendimento do Samu aos pacientes que necessitam do serviço

Porto Velho

Crianças são responsáveis pela maioria das ligações falsas recebidas pelo 192 em Porto Velho

Passar trotes aos serviços de emergência é um crime previsto pelo artigo 266 do Código Penal Brasileiro, e o infrator pode pegar de um a seis meses de detenção. Além disso, crianças e adolescentes também podem ser punidos. Entretanto, a maior consequência dos trotes é atrapalhar o atendimento a pessoas que realmente necessitam do serviço.

“O objetivo principal do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) é chegar o mais rápido à vítima e conseguir deixá-la em uma unidade de saúde para o atendimento de Urgência e Emergência ofertando o serviço de Atendimento Pré hospitalar (APH). A ligação é crucial para o serviço, já que orienta a equipe como deve portar em relação aos casos mais graves, onde há risco de morte, e aos casos menos graves. O trote ocupa a linha de chamada e pode aumentar o tempo de espera de uma real vítima, o que compromete o tempo resposta do Atendimento e levá-la a óbito. Além disso, quando o trote é finalizado, é mandado uma ambulância ao local, que deixa de ser direcionada a alguém que realmente precisa”, explicou Raymison Correa, diretor do Samu de Porto Velho.

Objetivo do Samu é chegar o mais rápido para prestar o atendimento à vítima De maio a dezembro de 2021, foram registrados 28 trotes em Porto Velho, sendo que 23 foram feitos por crianças. Já em todo o ano de 2022, 36 trotes foram registrados, atingindo a média de quatro a cinco trotes por mês, sendo que a maioria também foi realizada por crianças. “Essa quantidade não é pouca, já que o ideal seria registro trote zero. Essas quatro ou cinco ligações podem custar a vida de alguém ou aumentar o tempo dela esperando socorro no asfalto quente”, afirmou o diretor.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), esse tipo de ligação é um ato infracional gravíssimo e quem o comete deve ser encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude para que sejam aplicadas as medidas socioeducativas.

“Como a maioria das ocorrências falsas são feitas por crianças, é importante que os pais fiquem atentos quanto ao uso do telefone pelo filho. Porque realmente um dia a criança pode ligar precisando de ajuda. Então, é preciso que os pais monitorem, saibam sensibilizar seus filhos sobre as consequências do trote e orientar sobre não fazer”, disse.

Em todo o ano de 2022, foi registrada uma média de quatro a cinco trotes por mêsSERVIÇO

O atendimento do Samu começa a partir do chamado telefônico no disque 192. A ligação é gratuita, para telefones fixo e móvel. Ao receber o chamado, os técnicos do atendimento telefônico identificam o tipo de emergência e coletam as primeiras informações sobre as vítimas e sua localização. Em seguida, as chamadas são remetidas ao médico regulador, que presta orientações de socorro às vítimas e aciona as ambulâncias quando necessário, disponibilizando o melhor recurso disponível.

As ambulâncias do Samu 192 são distribuídas estrategicamente e classificado o Atendimento, de modo a otimizar o tempo resposta entre os chamados da população e o encaminhamento aos serviços hospitalares de referência. A prioridade é prestar o atendimento à vítima no menor tempo possível, inclusive com o envio de médicos conforme a gravidade do caso.

“A orientação para as pessoas que forem ligar para o 192, é que mantenham a calma e sejam objetivas ao passarem as informações relacionadas à situação do paciente. Elas também devem informar o endereço correto do local da ocorrência com nome da rua, bairro, número e ponto de referência, além de informar a idade e estado da vítima. É necessário que quem acionou o chamado permaneça no local, pois ele ajuda a equipe médica a acompanhar o estado da vítima”, explicou Raymison Corrêa

Raymisson orienta que quem liga deve manter a calma e ser objetivo QUANDO CHAMAR O SAMU

É necessário entender que há ocorrências de saúde que não são casos de urgência e emergência, e por isso, acionar o Samu para atender estas situações, também pode atrapalhar os serviços de socorro. Veja quando realmente é necessário chamar o Samu:
• Na ocorrência de problemas cardiorrespiratórios;
• Intoxicação e envenenamento;
• Queimaduras graves;
• Na ocorrência de maus tratos;
• Trabalhos de parto em que haja risco de morte da mãe ou do feto;
• Tentativas de suicídio;
• Crises hipertensivas e dores no peito de aparecimento súbito;
• Quando houver acidentes/traumas com vítimas;
• Afogamentos;
• Choque elétrico;
• Acidentes com produtos perigosos;
• Suspeita de Infarto ou AVC (alteração súbita na fala, perda de força em um lado do corpo e desvio da comissura labial são os sintomas mais comuns);
• Agressão por arma de fogo ou arma branca;
• Soterramento e desabamento;
• Crises Convulsivas;
• Transferência inter-hospitalar de doentes graves;
• Outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequela ou sofrimento intenso.

QUANDO NÃO É NECESSÁRIO CHAMAR O SAMU

Conforme Raymison, nas demais situações onde não se caracteriza urgência ou emergência médica, não se deve acionar o serviço, com risco de atrapalhar atendimentos necessários. São exemplos deles: febre prolongada; dores crônicas que perduram dias; vômito e diarreia; para levar pacientes para consulta médica ou para realizar exames; transporte de óbito; dor de dente; transferência sem regulação médica prévia; trocas de sonda; corte com pouco sangramento, entorses; cólicas renais; transportes inter-hospitalares de pacientes de convênio.

Mesmo que o solicitante não receba atendimento com a unidade de ambulância, a equipe médica do Samu presta serviço de orientação de o que fazer e para onde deve ir para procurar a ajuda correta.

Texto: Beatriz Galvão
Foto: Felipe Ribeiro

Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

Fonte: Prefeitura de Porto Velho – RO

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INCLUSÃO SOCIAL Com o tema “De Olho na Inclusão”, Biblioteca Francisco Meirelles inicia programação em alusão ao Dia do Deficiente Visual

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Em parceria com a Asdrevon, programação promove palestras e oficinas, de 9 a 13 de dezembro

Com o tema “De olho na Inclusão 2024” e fazendo parte das comemorações alusivas ao Dia do Deficiente Visual, celebrado anualmente dia 13 de dezembro, a Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, em parceria com a Associação dos Deficientes Visuais do Estado de Rondônia (Asdevron), realiza de 9 a 13 deste mês, uma semana inteira de programação para discutir a importância da inclusão dos portadores de deficiências na sociedade. O evento acontece durante toda a semana, das 8h às 12h e, pela tarde, das 14h às 18h, na Sala de Braile da biblioteca.

Com o objetivo de trocar ideias e opiniões e discutir meios de combater o preconceito e a discriminação, a programação tem por missão fortalecer a inclusão social de todos os tipos de portadores de deficiências visuais para que se sintam respeitados, inseridos na sociedade e, acima de tudo, valorizados.

Responsável pela Sala de Braile, Sebastiana é deficiente visual há nove anosO projeto conta com a parceria da Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf), Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Secretaria Municipal de Educação (Semed), Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RO/AC) e Tribunal de Contas do Estado (TCE/RO). Como parte das atividades, a programação inclui palestra motivacional ministrada pela professora doutora Silvânia Gregório, da Seduc, e mais 20 oficinas que abordarão temas como: Tecnologia Assistiva Responsável; Leitura e Escrita Braile Responsável; Introdução às Técnicas de Uso do Soroban; Tecnologia Assistiva e Orientação e Mobilidade.

A programação tem sua abertura oficial na manhã desta segunda-feira (9), com a palestra motivacional da professora e doutora Silvânia Gregório que reforça que é de grande valia que a semana de programação se estenda também à classe empresarial para que possam ter uma visão mais inclusiva, oportunizando maiores inserções no mercado de trabalho.

“Os entes e portadores de deficiência, se organizaram para que possam se fortalecer através de políticas públicas que venham favorecer essa classe de pessoas, que as vezes sofrem tantos preconceitos e para que toda a cidade reforce a questão da autoestima, autoimagem, tanto delas quanto à sociedade. Também é essencial que essa programação se estenda à classe empresarial para que possam dar mais oportunidade no mercado de trabalho para essa classe. Então, essa semana de programação intensa aqui na Biblioteca Francisco Meirelles, é como se fosse uma provocação para que a sociedade possa olhar para eles de uma forma mais humanizada possível”, reforça.

O presidente da Asdevron, José Aldair, disse que o evento é de extrema importância para toda a sociedade“A importância maior dessa programação vasta de atividades, é podermos celebrar o Dia do Deficiente Visual, comemorado no dia 13 agora, para que possamos trabalhar a conscientização com o deficiente visual, para que ele possa lutar, se motivar e para que ele não desanime perante a tantas dificuldades encontradas. O intuito dessa programação é trabalharmos a inclusão social, porque na verdade, o deficiente não tem muito o que comemorar nessa data, mas é importante que ele possa abrir caminhos para conseguir viver, se inserir no mercado de trabalho e que não desista de lutar sempre, destacou a servidora Sebastiana da Silva, que também é portadora de deficiência visual, há nove anos.

O presidente da Asdevron, José Aldair, disse que o evento, em alusão ao Dia do Deficiente, é de extrema importância para toda a sociedade. “Esse evento que estamos promovendo é de grande relevância não somente para o deficiente visual, mas para toda a sociedade em geral, que terão a oportunidade de conhecer mais a fundo a leitura e escrita em braile e tecnologia assistiva”.

Para o diretor da Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, Carlos Augusto, as atividades em alusão à data são de extrema importância social, uma vez que reforçam as discussões da relevância social da Semana Nacional do Deficiente Visual, instituída no dia 13 de dezembro de 1961. De acordo ainda com o diretor, todos os anos, essas ações são desenvolvidas em parceria com a Asdevron.

“De 9 a 13 temos uma programação extensa. Hoje iniciaremos com as oficinas. O objetivo dessa programação é podermos proporcionar uma oportunidade de aprendizado e de autonomia. Além disso, é importante destacar que o evento não é apenas voltado para os deficientes visuais, mas se estende para seus familiares, para que possa facilitar o modo como interagem com eles”, finalizou.

Para quem desejar participar da semana de programação, as inscrições serão feitas presencialmente na Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, situada à rua Dom Pedro II, 826. O atendimento ao público é de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h (não fecha para o almoço).

Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Felipe Ribeiro

Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

Fonte: Prefeitura de Porto Velho – RO

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