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Agronegócio

Crise no agronegócio leva FPA a exigir medidas urgentes do governo

Agronegócio

Em um momento crítico para o agronegócio brasileiro, com a queda expressiva nos preços da soja e outras commodities, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), alertou nesta terça-feira (20.02) sobre a urgência em conter a crise que assola o setor.

Durante um pronunciamento, Lupion destacou a severidade da situação, mencionando que a venda da saca de soja a R$ 90 está muito abaixo das expectativas dos produtores rurais, representando um cenário nunca antes imaginado.

“A situação é grave. Estamos diante de uma crise que não afeta apenas a soja, mas se estende ao milho e à pecuária, com a queda no preço da arroba do boi”, afirmou o parlamentar. A situação em Mato Grosso foi apontada como a mais crítica do país, com um impacto direto e significativo sobre os produtores locais.

O deputado Lupion também chamou atenção para o alto endividamento enfrentado pelos produtores, sugerindo que medidas como a prorrogação de dívidas poderiam ser inevitáveis para aliviar a pressão financeira. “Os produtores estão endividados e com problemas sérios. Precisamos encontrar soluções rápidas para evitar um colapso maior”, complementou.

Além das dificuldades econômicas, o setor agrícola brasileiro também enfrenta desafios operacionais, como a possível greve dos fiscais agropecuários, que poderia agravar ainda mais a situação.

Nesse contexto, a FPA discutiu a importância de regulamentar o autocontrole nas plantas frigoríficas, uma medida vista como essencial para minimizar os impactos negativos na economia.

Lupion destacou a aprovação do autocontrole e a necessidade de sua regulamentação pelo Ministério da Agricultura, como forma de permitir a terceirização da fiscalização, reduzindo a dependência de operações sindicais que, segundo ele, buscam apenas demonstrar força.

Lupion sugeriu que o Ministério da Agricultura adote políticas de preço mínimo e facilite o acesso ao crédito para os produtores, além de buscar soluções para antecipação de pagamentos. Essas medidas são vistas como vitais para sustentar o setor e evitar que os preços praticados fiquem abaixo dos custos de produção, comprometendo a viabilidade econômica da atividade agrícola no país.

A situação atual do agronegócio brasileiro coloca em xeque a capacidade do setor de continuar sendo um dos pilares do PIB nacional, conforme destacado por Lupion. A FPA, sob sua liderança, trabalha para pressionar por soluções que ofereçam alento aos produtores neste período desafiador, evidenciando a complexidade dos problemas enfrentados pelo setor e a necessidade de ações coordenadas entre o governo e a iniciativa privada.

Veja abaixo um vídeo do Canal Rural, com a fala de Pedro Lupion na íntegra:

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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