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Agronegócio

Dia de Campo Safrinha da Embrapa acontece dia 21 de junho em Vilhena, RO

Agronegócio

Mais de 60 opções de milho e outras culturas para segunda safra estarão disponíveis aos produtores

A Embrapa e parceiros realizam o tradicional Dia de Campo Safrinha no dia 21 de junho, a partir das 8 horas, no Campo Experimental da Embrapa em Vilhena (RO), localizado na BR-364, Km 6. O evento é gratuito e a inscrição será realizada no local. Estarão à disposição do público mais de 60 opções de cultivares de milho além de materiais de sorgo, girassol e demais tecnologias que já estão disponíveis no mercado. Também serão apresentados sistemas como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e o Plantio Direto, assim como demonstração de tecnologias para aplicação de defensivos agrícolas, práticas culturais, manejo e comercialização. O evento é uma oportunidade aos produtores e técnicos de conhecerem novidades e se prepararem para o plantio da safrinha, ou segunda safra, do próximo ano agrícola.

Quando se fala em safrinha, o milho é a principal cultura em Rondônia. No contexto geral, é o segundo principal grão produzido no estado e está entre os cinco maiores produtos da agropecuária rondoniense, em termos de valor bruto da produção, que em 2017 foi de quase R$403 mil. Para esta safrinha, enquanto dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab, 2018) apontam redução de 6,1% na produção, em Rondônia, a estimativa é de aumento de 4,5%, tanto em produção quanto em produtividade. Segundo o pesquisador da Embrapa Rondônia, Vicente Godinho, o clima favorável e o uso de mais tecnologias em fertilizantes são os responsáveis por estes bons resultados no estado. “Tudo indica que estas estimativas serão superadas e teremos uma safra recorde de milho em Rondônia”, aponta Godinho.

O pesquisador Vicente Godinho explica que a safra de verão do milho, semeada de outubro a dezembro, possui caráter social no estado, uma vez que é conduzida praticamente por agricultores familiares e caracteriza-se pela pouca utilização de tecnologia e uma produção basicamente de subsistência. Já para a safrinha há o uso de alta tecnologia e é realizada por grandes produtores. O grão produzido é utilizado tanto internamente em Rondônia, como também exportado para demais estados do Brasil e outros países.

Rondônia: 2º maior produtor de milho safrinha da região Norte, sendo os municípios de Vilhena, Corumbiara, Chupinguaia e Cerejeiras os maiores produtores. Vilhena é responsável por praticamente um terço da produção, aproximadamente 98% da produção de milho é de segunda safra, cultivado em sucessão à soja. De acordo com dados da Conab, a área cultivada com milho safrinha no estado é de 156,6 mil hectares e a previsão de produção para a safra 2017/2018 são de 719 mil toneladas.

Realização e parcerias

O Dia de Campo Safrinha 2017 é uma realização da Embrapa Rondônia e conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Vilhena, Central Agrícola, Sementes Santa Helena, LG, Agroeste, FMC, Conab, Bayer, KWS, Nidera Sementes, Agro Cat, Advanta Sementes, Nufarm, Syngenta, Soesp, Tratoron, Cropfield, Adama, Biomatrix, Agro Amazônia, Ihara, Nortox, SeedCorp e Sempre.

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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