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DIA DO SERVIDOR – Professora deficiente visual ensina braile como forma de superação

Porto Velho

 

A pedagoga Sebastiana Santana perdeu a visão em 2015

Há quem ainda pense que as deficiências físicas sejam sinônimos de limitação ou incapacidade. Contudo, o pior cego não é o que não enxerga, e, sim, o que se limita.

A pedagoga Sebastiana Santana, servidora municipal há mais de 10 anos é um exemplo de superação e dedicação. Ela perdeu a visão em 2015, mas continua trabalhando e oferecendo novas possibilidades às crianças e jovens cegos de Porto Velho, através da Educação.

O braile não é considerado um idioma, mas um sistema universal que usa códigos A professora perdeu a visão em decorrência de glaucoma e diabetes. Ela é responsável pela sala de braile da Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, atuando na alfabetização de pessoas cegas, além de cuidar dos empréstimos de livros escritos com o sistema de códigos. Ela conta que enfrentou diversos desafios após perder a visão e que viu no seu trabalho como educadora uma forma de enfrentar sua condição.

“Comecei a me aceitar quando fui readaptada e vim trabalhar na biblioteca. Foi quando eu vi as mães vindo atrás de mim, pedindo ajuda para tirar os filhos deficientes de dentro de casa. Eu vi que eu poderia ser útil e poderia ajudar as pessoas, mesmo da maneira que eu estava. Aquilo foi me alegrando e fui me acostumando. Hoje eu não ajudo só com o braile, mas ajudo também conversando e ajudando eles na superação do que já vivi”, conta a professora.

Graças ao braile, pessoas como a professora Sebastiana podem aprender a ler, escrever, se comunicar e conviver de forma mais facilitada em sociedade. Por isso, a educadora colocou como missão de vida ajudar crianças e adolescentes a enxergar o mundo além dos olhos.

Com as pontas dos dedos no papel se sente o que está escrito em relevo“Eu vejo como uma necessidade que todos os pais e professores conheçam o braile e libras, porque muitas crianças e jovens não são alfabetizados e vivem isolados dentro de casa por não conseguirem se igualar aos outros alunos sem deficiência. Não podemos colocar a deficiência como empecilho de viver, mas sim como estímulo para voar ainda mais alto”, falou a professora.

O braile não é considerado um idioma, mas um sistema de escrita e leitura universal que usa códigos em 64 variações que formam as letras do alfabeto, os sinais de pontuação e os números. Para entender o que há escrito em braile é preciso conhecer os códigos e passar as pontas dos dedos no papel para sentir o que está escrito em relevo, ou seja, é uma forma de escrita que se lê através do tato.

ATENDIMENTO E INCLUSÃO

A Biblioteca Municipal Francisco Meirelles tem disponível cerca de 8 mil obras em braile, incluindo livros físicos, DVDs, impressoras e máquina. As literaturas brasileiras e estrangeiras podem ser emprestadas por sete dias, podendo ser prorrogados por mais sete. Para fazer o cadastro basta apresentar documento pessoal com foto e comprovante de residência.

O atendimento ao público na biblioteca municipal é de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h (não fecha para o almoço). A biblioteca conta com cerca de 30 funcionários para o atendimento e organização do acervo.

Texto: Beatriz Galvão
Foto: Felipe Ribeiro e Leandro Morais

Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

Fonte: Prefeitura de Porto Velho – RO

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INCLUSÃO SOCIAL Com o tema “De Olho na Inclusão”, Biblioteca Francisco Meirelles inicia programação em alusão ao Dia do Deficiente Visual

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Em parceria com a Asdrevon, programação promove palestras e oficinas, de 9 a 13 de dezembro

Com o tema “De olho na Inclusão 2024” e fazendo parte das comemorações alusivas ao Dia do Deficiente Visual, celebrado anualmente dia 13 de dezembro, a Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, em parceria com a Associação dos Deficientes Visuais do Estado de Rondônia (Asdevron), realiza de 9 a 13 deste mês, uma semana inteira de programação para discutir a importância da inclusão dos portadores de deficiências na sociedade. O evento acontece durante toda a semana, das 8h às 12h e, pela tarde, das 14h às 18h, na Sala de Braile da biblioteca.

Com o objetivo de trocar ideias e opiniões e discutir meios de combater o preconceito e a discriminação, a programação tem por missão fortalecer a inclusão social de todos os tipos de portadores de deficiências visuais para que se sintam respeitados, inseridos na sociedade e, acima de tudo, valorizados.

Responsável pela Sala de Braile, Sebastiana é deficiente visual há nove anosO projeto conta com a parceria da Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf), Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Secretaria Municipal de Educação (Semed), Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RO/AC) e Tribunal de Contas do Estado (TCE/RO). Como parte das atividades, a programação inclui palestra motivacional ministrada pela professora doutora Silvânia Gregório, da Seduc, e mais 20 oficinas que abordarão temas como: Tecnologia Assistiva Responsável; Leitura e Escrita Braile Responsável; Introdução às Técnicas de Uso do Soroban; Tecnologia Assistiva e Orientação e Mobilidade.

A programação tem sua abertura oficial na manhã desta segunda-feira (9), com a palestra motivacional da professora e doutora Silvânia Gregório que reforça que é de grande valia que a semana de programação se estenda também à classe empresarial para que possam ter uma visão mais inclusiva, oportunizando maiores inserções no mercado de trabalho.

“Os entes e portadores de deficiência, se organizaram para que possam se fortalecer através de políticas públicas que venham favorecer essa classe de pessoas, que as vezes sofrem tantos preconceitos e para que toda a cidade reforce a questão da autoestima, autoimagem, tanto delas quanto à sociedade. Também é essencial que essa programação se estenda à classe empresarial para que possam dar mais oportunidade no mercado de trabalho para essa classe. Então, essa semana de programação intensa aqui na Biblioteca Francisco Meirelles, é como se fosse uma provocação para que a sociedade possa olhar para eles de uma forma mais humanizada possível”, reforça.

O presidente da Asdevron, José Aldair, disse que o evento é de extrema importância para toda a sociedade“A importância maior dessa programação vasta de atividades, é podermos celebrar o Dia do Deficiente Visual, comemorado no dia 13 agora, para que possamos trabalhar a conscientização com o deficiente visual, para que ele possa lutar, se motivar e para que ele não desanime perante a tantas dificuldades encontradas. O intuito dessa programação é trabalharmos a inclusão social, porque na verdade, o deficiente não tem muito o que comemorar nessa data, mas é importante que ele possa abrir caminhos para conseguir viver, se inserir no mercado de trabalho e que não desista de lutar sempre, destacou a servidora Sebastiana da Silva, que também é portadora de deficiência visual, há nove anos.

O presidente da Asdevron, José Aldair, disse que o evento, em alusão ao Dia do Deficiente, é de extrema importância para toda a sociedade. “Esse evento que estamos promovendo é de grande relevância não somente para o deficiente visual, mas para toda a sociedade em geral, que terão a oportunidade de conhecer mais a fundo a leitura e escrita em braile e tecnologia assistiva”.

Para o diretor da Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, Carlos Augusto, as atividades em alusão à data são de extrema importância social, uma vez que reforçam as discussões da relevância social da Semana Nacional do Deficiente Visual, instituída no dia 13 de dezembro de 1961. De acordo ainda com o diretor, todos os anos, essas ações são desenvolvidas em parceria com a Asdevron.

“De 9 a 13 temos uma programação extensa. Hoje iniciaremos com as oficinas. O objetivo dessa programação é podermos proporcionar uma oportunidade de aprendizado e de autonomia. Além disso, é importante destacar que o evento não é apenas voltado para os deficientes visuais, mas se estende para seus familiares, para que possa facilitar o modo como interagem com eles”, finalizou.

Para quem desejar participar da semana de programação, as inscrições serão feitas presencialmente na Biblioteca Municipal Francisco Meirelles, situada à rua Dom Pedro II, 826. O atendimento ao público é de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h (não fecha para o almoço).

Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Felipe Ribeiro

Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

Fonte: Prefeitura de Porto Velho – RO

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