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Em época de pandemia e crise, saiba como sobreviver à redução do salário ou demissão
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A crise criada pelo novo coronavírus até o momento tem como o maior impacto a saúde das pessoas, o que deve ser realmente o mais importante. Contudo, não se pode negar que em um curto período o impacto também será nas finanças, que pode levar milhões à inadimplência.
A situação já tem deixado muitas pessoas em pânicos. Crescem o caso de quem já perdeu o emprego e outras situações que os trabalhadores terão que suportar uma grande redução dos ganhos, que pode chegar a mais de 50% em muitos casos. Mas o que fazer nessa situação? O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN), Reinaldo Domingos, alerta que o que deve ser evitado nesse momento é o desespero.
“É óbvio que a situação é assustadora para muitos, mas entrar em pânico só prejudica, levando muitas vezes à tomada de decisões erradas que poderão impactar ainda mais nas finanças. Assim, primeira coisa é buscar forças e ter calma para olhar de forma inteligente as finanças”, explica Domingos. “Sempre afirmo que é com os tombos que aprendemos a andar. Por isso, é hora de buscar uma reestruturação financeira, para atravessar esse período e, posteriormente, estar prevenido para imprevistos”, complementa .
1) O que fazer com as dívidas – caso perca o emprego, qual deve ser a primeira ação? Se estiver endividado, por mais que pareça correto querer quitá-las com o dinheiro do fundo de garantia, isso pode ser um erro, pois, se usar muito deste dinheiro, estará sob o risco de ficar sem receitas para cobrir gastos à frente. O mesmo ocorre com quem teve os valores reduzidos, é hora de buscar o credor e buscar reajustar os valores a esta situação. Então, planeje-se melhor em relação a esses valores antes de qualquer medida.
2) Analise sua realidade – é fundamental que tenha total domínio de seus números nesse momento, portanto, se deve saber o valor que possui guardado e somar com o que será ganho. Também deverá fazer um levantamento de todos os gastos mensais, minuciosamente, desde cafezinho até parcela da casa própria, nada deve passar despercebido. Em caso de dívidas e parcelamentos, esses devem ser também somados.
3) Congele ferramentas de crédito – cartões de crédito, cheque especial, cartão de lojas e outras ferramentas de crédito fácil devem ser prioritariamente esquecidas de sua vida; evite mesmo em caso de emergência, pois, caso não consiga pagar esses valores, os juros serão exorbitantes, criando um caminho de difícil volta.
4) Faça uma faxina financeira – o que realmente é prioridade para a sua vida? Pense muito bem nessa questão, pois chegou a hora de cortar muitos gastos que não agregam à vida. Gastos que devem ser repensados podem ser de TV a cabo, celulares e smartphones. Lembrando que custos com balada e ida a restaurantes já serão cortados, mas podem aumentar outros como água e energia e outros pequenos gastos. Priorize o que é realmente é fundamental nesse período.
5) Mude seu padrão de vida – sei que pode parecer difícil, pois já se acostumou com um monte de regalias, mas é hora de reestruturação, e não de manter a pose. Nos momentos de dificuldade, a humildade é um diferencial. Então, o primeiro passo para mudar sua realidade é aceitar que seu padrão de vida mudou, e não viver de aparências.
6) Negocie as dívidas – ainda falando de humildade, chegou a hora de buscar os credores e ser o mais franco possível, mostrar que não quer se tornar inadimplente, mas que também não possui condições de pagamento, por causa da situação, buscando assim diminuir os juros e esticar os débitos. Lembrando sempre de priorizar dívidas com juros mais altos e com bens de valor como garantia.
7) Fuja dos exploradores – infelizmente, por mais que seu momento seja de desespero, existem pessoas mal-intencionadas prontas para se aproveitarem dos seus temores. Não permita abusos; muitos tentarão tirar proveito de sua fraqueza para tentar obter vantagens. Evite promessas e garantias descabidas. Às vezes, é melhor estar com o nome sujo do que ser explorado pelas pessoas.
8) Levanta e sacode a poeira – agora é hora de buscar o mais rápido possível a mudança de vida, buscar alternativas, hora de capacitar. Use seu tempo livre, amplie seu network (online é claro), se posicione como alguém que está aproveitando essa oportunidade para crescer está à espera de chances. Lembre-se de que as oportunidades geralmente aparecem para quem está atrás delas. Esqueça o desânimo, levante a cabeça e olhe para o futuro e não se esqueça de sonhar .
Brasil
STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos
Ministro Dias Toffoli conclui leitura de seu voto
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (4) o julgamento dos processos que tratam da responsabilidade das empresas que operam as redes sociais sobre o conteúdo ilegal postado pelos usuários das plataformas.
O julgamento começou na semana passada e ainda não há placar de votação formado. Somente o ministro Dias Toffoli, relator de um dos processos, iniciou a leitura de seu voto, que deve ser finalizado na sessão de hoje. Mais dez ministros vão votar sobre a questão.
A Corte discute a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.
De acordo com o artigo 19, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens ilegais feitas por seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.
Na semana passada, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da reponsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial, que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.
Por outro lado, os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli já sinalizaram que devem se manifestar a favor de balizas para obrigar as redes sociais a retirarem conteúdos ilegais de forma mais rápida.
Para Moraes, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 demonstraram a “falência” do sistema de autorregulação das redes sociais .
Dias Toffoli afirmou que o Marco Civil da Internet deu imunidade para as plataformas digitais.
Entenda
O plenário do STF julga quatro processos que discutem a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet.
Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de um perfil falso de um usuário.
No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.
A ação relatada por Edson Fachin discute a legalidade do bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por decisões judiciais e chegou à Corte por meio de um processo movido por partidos políticos.
A quarta ação analisada trata da suspensão do funcionamento de aplicativos diante do descumprimento de decisões judiciais que determinam a quebra do sigilo em investigações criminais.
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