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Agronegócio

Embrapa disponibiliza segunda edição do Boletim Agropecuário de Rondônia

Agronegócio

Publicação apresenta o comparativo de produção, produtividade e preços ao longo dos anos

 

A segunda edição do Boletim Agropecuário de Rondônia, produzido pela Embrapa, traz dados e análises sobre a produção de grãos, café, mandioca e banana, com o acompanhamento da produção, produtividade e também dos preços destes produtos. No caso dos grãos, são apresentados comparativos dos últimos 15 anos e, para os demais itens, das duas últimas safras. Além disso, são analisados o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Rondônia e dados de exportação.

Por meio deste Boletim, a Embrapa Rondônia disponibiliza ao público o acompanhamento trimestral da produção agropecuária no estado, com análises do comportamento do setor como um todo.  Esta segunda edição e a primeira, com detalhes, gráficos comparativos e análises estão disponíveis no portal da Embrapa Rondônia, ou diretamente no link: www.embrapa.br/rondonia/boletim-agropecuario.

As edições deste periódico reúnem um conjunto de informações sobre a agropecuária do estado que está disperso em diversas fontes de dados oficiais, permitindo ao leitor acessar dados de maneira agregada e com análises. Além disso, a citação das fontes consultadas possibilita ao leitor se aprofundar no assunto, consultando-as diretamente.

Os dados apresentados são obtidos de fontes secundárias, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Emater-RO, entre outros.

Confira um pouco do que está disponível na segunda edição do Boletim:

Produção de grãos – a área plantada com grãos (arroz, feijão, milho e soja) em Rondônia apresentou crescimento médio anual de 3,7% nos últimos 15 anos. Destaque para as áreas cultivadas com milho e soja, que tiveram acréscimo de 38,6% e 420%, respectivamente. Cabe ressaltar também que, neste período, a soja teve incremento de 467,4% na produção. Já a cultura que apresentou maiores ganhos de produtividade no mesmo período foi o milho, que teve variação percentual positiva de 103,3%.

Café – Rondônia irá colher, em 2018, a sua segunda maior safra de café desde 2001, cuja estimativa média de produção é de quase 2,2 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado, com produtividade recorde de 30,5 sacas por hectare, o que representa crescimento de 12,8% e 17% em relação à safra do ano anterior, respectivamente. Já a área em 2018 teve redução de 3,6% em relação à da safra de 2017, indicando que o aumento estimado de café em produção da produção resultou da melhor produtividade obtida neste ano. O preço médio pago ao produtor no primeiro quadrimestre de 2018 foi 28% inferior ao praticado no mesmo período de 2017. O ideal é que o produtor consiga estocar pelo menos parte da sua produção, pois a tendência observada em anos anteriores é de aumento dos preços no período da entressafra.

Mandioca – A produção estimada de mandioca na safra 2018 é de 703 mil toneladas, 6,8% superior ao que foi obtido na safra 2017, enquanto a área colhida deve apresentar redução de 2,1%, com ganho de produtividade de 8,8%

Banana – Embora a área colhida deva ser menor do que a da safra de 2017 em 1,8%, ganhos de produtividade em torno de 25% possibilitarão o incremento de 22,7% da quantidade produzida. A área a ser colhida com banana na safra 2018 está estimada em 8.646 ha, com produção projetada de 93.856 toneladas e rendimento médio esperado de 10.855 kg por hectare.

Valor Bruto da Produção Agropecuária de Rondônia – está estimado em 8,65 bilhões de reais, resultado 4,7% inferior ao obtido em 2017. Os produtos de melhor desempenho foram a banana, a mandioca e a soja, enquanto o milho e o café tiveram resultado desfavorável, com redução de 27,3% e 24,4%, respectivamente. Destaque para o valor dos bovinos, que representa 61,7% do VBP rondoniense em 2018.

Exportações – As exportações de carne bovina e soja no primeiro quadrimestre de 2018 geraram receitas de US$ 177,9 milhões e US$ 206,1 milhões, respectivamente, resultados 28,1% e 12,8% superiores aos obtidos no mesmo período em 2017.

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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