Agronegócio
Empresários fazem contatos e fecham negócios em Dubai
Agronegócio
Brasília (17/02/2022) – A missão da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que está em Dubai esta semana tem proporcionado a empresários brasileiros a troca de experiências e vários contatos nas visitas a feiras e eventos na cidade.
O intuito é fazer uma prospecção em busca de novas oportunidades de negócios no Oriente Médio e a programação tem permitido à delegação conhecer mais sobre a cultura e os hábitos de consumo dos árabes. O grupo de empresários que Klaus faz parte está em Dubai desde o dia 13.
Na quarta (16), o grupo voltou à Gulfood e à Expo Dubai, duas grandes feiras importantes da região. E foi na Gulfood que o representante da empresa Amidos Mundo Novo, Ivan Klaus, concretizou a venda de 200 toneladas de fécula de mandioca para o Líbano.
“Os resultados nos surpreenderam, os números são satisfatórios, saímos daqui com contatos e conexões para o mundo. A Gulfood nos abriu a oportunidade de mostrar o produto brasileiro para todos os mercados da Europa, Canadá, Estados Unidos e Oriente Médio”, disse.
Klaus explicou que o Líbano já estava no radar da empresa porque compram fécula de mandioca de outros países, como da Ásia. “O contato já tinha começado antes da feira, mas hoje efetivamos. Agora temos a mandioca brasileira, da agricultura familiar, sendo colocada à mesa de país estratégico.”
O empresário ressalta que a visita à Gulfood superou as expectativas e agradeceu à CNA pela oportunidade de estar na missão.
“Agradeço a todos os envolvidos que deram a oportunidade para nós, pequenos e médios produtores, trazermos nossos produtos para países estratégicos, mostrando o agro brasileiro para o mundo inteiro”.
Assessoria de Comunicação CNA
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Agronegócio
Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.
Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.
Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.
A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.
A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.
Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.
Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
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