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Agronegócio

Estudo revela que, em caso extremo, gripe aviária pode causar R$ 21,7 bilhões de prejuízos na economia brasileira

Agronegócio

 

Pesquisa da FGV-Agro encomendada pelo Anffa Sindical relata que o impacto pode chegar a R$ 11,8 bilhões no agronegócio com perda de 26 mil postos de trabalho

Estudo encomendado pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) e conduzido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-Agro), divulgado no último dia 11, revelou que a disseminação da gripe aviária teria um impacto negativo anual de R$ 21,7 bilhões na economia brasileira. O agronegócio seria o setor mais afetado, com um prejuízo de R$ 11,8 bilhões e a perda de cerca de 26 mil postos de trabalho.

Os dados mostram que o impacto da gripe aviária envolve diversos aspectos econômicos, abrangendo perdas na produção, exportação, renda, salários, além de uma queda de R$ 1,3 bilhão na arrecadação de impostos e uma redução de R$ 3,8 bilhões na renda da população brasileira.

Romário Alves, CEO e Fundador da Sonhagro, empresa líder no setor, comentou sobre a gravidade desses resultados: “A disseminação da gripe aviária representa um desafio significativo para o agronegócio brasileiro. Essa doença tem um impacto direto na produção, exportação e empregos do setor, além de afetar indiretamente outros segmentos, como o comércio varejista e atacadista. É essencial tomar medidas eficazes para conter a propagação da doença e minimizar os impactos econômicos negativos”.

O levantamento também mostra que, para cada perda de R$ 100 no valor das exportações de carnes aviárias, o setor de comércio perde R$ 11, resultando em um impacto indireto negativo para varejistas e atacadistas de até 11%. Além disso, outros setores da economia brasileira seriam afetados, incluindo uma redução de 8% na produção de rações animais, 6% no setor elétrico e 4% no transporte terrestre de cargas, dentre outros segmentos.

 

Segundo o painel sobre gripe aviária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram investigados, aproximadamente, 1,4 mil casos, dos quais 319 necessitaram de coleta de amostras para testes laboratoriais. Destes, 62 casos apresentaram resultado positivo para o vírus da influenza aviária de elevada patogenicidade, enquanto outros seis casos ainda estão em análise.

“Essa relação de prejuízos para cada setor da economia é uma situação hipotética levantada pelo estudo e nos mostra a dimensão do problema, caso a defesa agropecuária não agisse rapidamente. O Brasil tem capacidade para agir diante de um eventual surto. Estamos trabalhando em conjunto com o Mapa e os auditores agropecuários estaduais para evitar tais efeitos”, relata o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo.

A disseminação da gripe aviária representa uma ameaça significativa para o setor agropecuário brasileiro e, consequentemente, para a economia do país como um todo. Medidas de prevenção, monitoramento e controle são essenciais para minimizar os riscos e proteger a indústria avícola, preservando empregos e sustentando o desenvolvimento econômico.

 

Sobre a Sonhagro:

Especializada em soluções completas de crédito rural, a rede visa facilitar os processos burocráticos para os produtores, atuando no gerenciamento de suas negociações e na execução dos projetos técnicos que os bancos exigem.  Fazendo a sua história há 10 anos, com 53 unidades – sendo 50 franquias e 3 unidades próprias pelo Brasil, que facilitam o financiamento do crédito rural para os produtores das regiões de Minas Gerais, Espirito Santo, Goiás, Paraná, Rio Janeiro, Roraima, Rondônia, Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Bahia, Roraima, e Santa Catarina.

 

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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