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Agronegócio

Exportações do agro somam US$ 9,9 bilhões em dezembro de 2021

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Brasília (24/01/2022) – As exportações do agro somaram US$ 9,9 bilhões em dezembro de 2021, crescimento de 36,5% em relação ao mesmo mês de 2020, segundo análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com base nos dados do Ministério da Economia.

No acumulado de janeiro a dezembro, as vendas externas totalizaram valor recorde de US$ 120, 6 bilhões, alta de 19,7% na comparação com 2020, alcançando resultado histórico.

A soja em grãos liderou a lista de produtos exportados em dezembro, com participação de 13,8% do total e receita de US$ 1,4 bilhão, aumento expressivo de 1.210,9% em relação ao mesmo período de 2020. O milho foi o segundo produto mais vendido (US$ 795 milhões), apesar da queda em relação a dezembro de 2020 (-12,4%). Completam a lista dos cinco itens mais comercializados o café verde, o farelo de soja e a carne de frango in natura.

O aumento mais expressivo em percentuais nas vendas externas foi para o óleo de soja em bruto, de 1.941,5%, passando de US$ 9 milhões em dezembro/2020 para US$ 183,2 milhões em dezembro/2021. Trigo e farelo de soja também apresentaram bom desempenho, com altas no valor exportado de 211,0% e 79,9%, respectivamente.

Em dezembro de 2021, 65,9% das vendas do agronegócio tiveram 10 países como principais destinos. A China foi o principal mercado em dezembro, com participação de 20,9% do total, seguida por União Europeia (16,3%) e Estados Unidos (9,8%).

Na comparação entre os meses de dezembro de 2020 e 2021, houve também aumento nas exportações para os dez principais destinos de produtos do agronegócio, com destaque para Egito (+102,5%) e Turquia (+98,7%). Em todo o ano de 2021, os maiores crescimentos em termos de mercado foram para o Irã (70,3%), Chile (58,1%) e Estados Unidos (30,2%).

Agro.BR – A CNA também compilou os dados sobre as exportações mensais dos setores prioritários do Projeto Agro.BR, uma iniciativa feita com a Apex-Brasil para aumentar a oferta de produtos do agro brasileiro no comércio exterior e promover a diversificação da pauta exportadora brasileira.

O setor de chá, mate e especiarias foi o que mais se destacou em dezembro, com crescimento de 97% nas exportações na comparação com 2020. Em seguida, aparecem pescados, com aumento de 68,2%, e lácteos, com alta de 17,3%.

Acesse a análise completa no link: Balanca Comercial Dezembro2021

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Fonte: CNA Brasil

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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