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Agronegócio

Famato e governo de MT assinam memorando com a China para expandir comércio agrícola

Agronegócio


A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) assinou esta semana (08/03), junto com o Governo de Mato Grosso e o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), um Memorando de Entendimento (MoU) com o Instituto Ambiental Global Yongxu, do Distrito de Chaoyang de Pequim, da China. O objetivo é promover relações comerciais bilaterais sustentáveis entre o Brasil e a China em produtos agropecuários.

O documento foi assinado pelo presidente da Famato Normando Corral, pelo governador Mauro Mendes e o presidente Imac, Caio Penido.

“Esta é uma oportunidade para realizarmos negócios com os chineses e também demonstrar de maneira inequívoca que a gente produz em Mato Grosso e no Brasil dentro do que prevê a legislação, seja ambiental, fiscal ou social. Produzimos com técnicas científicas e com base no conhecimento que temos de produção agropecuária em região de clima tropical. Nós temos grande potencial para contribuir com a segurança alimentar, não só nossa como mundial”, disse Normando Corral.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil. Responde por 43% da carne e 70% da soja exportadas para os chineses. Em Mato Grosso o país asiático lidera o ranking das embarcações. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), somente neste ano de 2022, Mato Grosso já exportou 2,26 milhões de toneladas de soja para a China e 9,5 mil toneladas de carne equivalente carcaça. Em 2021, o estado destinou mais de 12 milhões de toneladas da oleaginosa para os chineses e 200 mil toneladas equivalente carcaça.

“Mato Grosso é um grande produtor de alimentos e vai liderar o país no processo de exportações nos próximos anos. Mas tão importante quanto produzir, é produzir de forma sustentável, respeitando a nova ordem mundial, que é a economia de baixo carbono, reduzindo as emissões de carbono e dando importante contribuição a esse esforço mundial em prol do clima de todo planeta”, afirmou o governador Mauro Mendes.

Segundo o representante do Instituto Ambiental Global Yongxu do Distrito de Chaoyang de Pequim, Jin Jiaman, o entendimento entre o Governo de Mato Grosso e o instituto possibilitará a construção de uma cadeia de valor sustentável, visando promover um sistema mútuo de certificação da carne bovina. “As economias de Mato Grosso e da China são complementares e vemos grandes perspectivas de investimento chinês no agronegócio do estado”.

Também participaram da reunião, que teve o formato híbrido, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Cesar Miranda, a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, e a assessora de Assuntos Internacionais, Rita Chiletto, entre outras autoridades nacionais e internacionais.

Fonte: CNA Brasil

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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