OPERAÇÃO
Cerca de 250 policiais federais e 100 servidores da Receita Federal cumprem os mandados expedidos pelo Juízo da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, além de 25 ordens de sequestro de bens imóveis e 42 ordens de sequestro de veículos,e o bloqueio de R$ 280 milhões nas contas dos alvos da operação.
Quais estados são investigados?
- São Paulo;
- Goiás;
- Paraná
- Santa Catarina;
- Maranhão;
- Rio Grande do Norte;
- Distrito Federal.
Em nota, a PF informou que determinado medidas cautelares em desfavor dos principais investigados, como proibição de se ausentar do país, entrega dos passaportes em 24 horas, proibição de se ausentar do município de domicílio, comparecimento mensal ao Juízo Federal para informar suas atividades e proibição de manterem contato uns com os outros.
“Os investigadores também encontraram indícios de ocorrência dos crimes de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas por meio de doleiros e de transferência de criptomoedas. Os suspeitos devem responder pelos crimes de falsidade ideológica, descaminho, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e organização criminosa, que possuem penas máximas que podem chegar a 37 anos de reclusão”, diz a PF.
COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA?
O grupo abria empresas de fachada, comprava celulares e repassava sem notas fiscais, sem pagar impostos ou com selos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Os cálculos dão conta que em dois anos o lucro foi de R$ 1 bilhão ao bando.
A investigação começou quando em 2022 a PF e a Receita apreenderam um helicóptero com 400 celulares da marca IPhone, avaliados em R$ 4 milhões. A aeronave pousou no Aeródromo Botelho, em São Sebastião, no Distrito Federal, e duas pessoas foram presas em flagrante. A partir de então, a PF descobriu a origem dos celulares e a rede de descaminho.