Brasil
Governo Federal refaz ponte de acesso à aldeia da Terra Indígena Karipuna
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Ibama, Funai e Exército construíram nova ponte com 21 metros de extensão e seguem na operação federal de retirada de invasores
A operação de desintrusão na Terra Indígena Karipuna, promovida pelo Governo Federal, está em curso e uma das ações da última semana foi reconstruir a ponte de acesso à aldeia dos indígenas karipuna. A destruição criminosa da ponte ocorreu há duas semanas e sua reconstrução foi realizada em cinco dias, e envolveu agentes federais do Exército, Ibama e Funai, órgãos que participam do processo de retirada de invasores da TI sob a coordenação da Casa Civil. A ponte fica a 12 quilômetros da aldeia e é a única forma de acesso terrestre ao local, onde vivem os 40 karipuna existentes, sem ela, os indígenas estavam isolados.
Localizada entre os municípios de Porto Velho e Nova Mamoré, em Rondônia, a Terra Indígena Karipuna é amplamente visada por invasores que promovem desmatamento, grilagem de terra e outras ações ilegais. Por isso, o Governo Federal cumpre determinação judicial de realizar o processo de desintrusão. Um trabalho que teve início em junho deste ano e segue para sua fase final.
Mais de 20 órgãos federais compõem a operação de desintrusão. Das 151 ações planejadas, 144 já foram realizadas. Mais de 20 edificações dentro da terra indígena foram destruídas e 54 metros cúbicos de madeira, apreendidos. O processo de desintrusão é justamente para resguardar a vida dos indígenas karipuna e assegurar a eles o direito exclusivo do uso da terra.
Brasil
STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos
Ministro Dias Toffoli conclui leitura de seu voto
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (4) o julgamento dos processos que tratam da responsabilidade das empresas que operam as redes sociais sobre o conteúdo ilegal postado pelos usuários das plataformas.
O julgamento começou na semana passada e ainda não há placar de votação formado. Somente o ministro Dias Toffoli, relator de um dos processos, iniciou a leitura de seu voto, que deve ser finalizado na sessão de hoje. Mais dez ministros vão votar sobre a questão.
A Corte discute a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.
De acordo com o artigo 19, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens ilegais feitas por seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.
Na semana passada, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da reponsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial, que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.
Por outro lado, os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli já sinalizaram que devem se manifestar a favor de balizas para obrigar as redes sociais a retirarem conteúdos ilegais de forma mais rápida.
Para Moraes, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 demonstraram a “falência” do sistema de autorregulação das redes sociais .
Dias Toffoli afirmou que o Marco Civil da Internet deu imunidade para as plataformas digitais.
Entenda
O plenário do STF julga quatro processos que discutem a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet.
Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de um perfil falso de um usuário.
No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.
A ação relatada por Edson Fachin discute a legalidade do bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por decisões judiciais e chegou à Corte por meio de um processo movido por partidos políticos.
A quarta ação analisada trata da suspensão do funcionamento de aplicativos diante do descumprimento de decisões judiciais que determinam a quebra do sigilo em investigações criminais.
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