“Estrutura portuária será fundamental para dar mais segurança à população e potencializar economia da região”, disse o ministro dos Transportes, Renan Filho

As embarcações repletas de produtos, passageiros e muitas histórias que estacionam às margens do Rio Mamoré, em Guarajá-Mirim (RO), vão encontrar uma estrutura completamente diferente a partir desta terça-feira (8). Por meio do Ministério dos Transportes, o Governo Federal liberou para o uso a instalação portuária pública de pequeno porte (IP4) da cidade, beneficiando os 47 mil moradores da região diariamente.

“Será uma medida importante para impulsionar a economia da região, além de aumentar a integração e estreitar as relações com a Bolívia”, destacou o ministro dos Transportes, Renan Filho. Localizada na fronteira com a Bolívia, a apenas 10 minutos da vizinha Guayaramerín, a cidade tem um comércio local pujante, que será impulsionado com melhores condições de embarque e desembarque da IP4.

A obra e os benefícios
• área de 9 mil metros quadrados;
• investimento federal de R＄ 8,6 milhões, com execução do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT);
• para o estado, o Ministério dos Transportes tem prevista a aplicação de R＄ 606,4 milhões em obras públicas, valor quase 4,5 maior do que o empregado pela gestão anterior no ano passado, que foi de R＄ 137,5 milhões;
• é a segunda IP4 do estado, a primeira fica no município de Cai N’Água, às margens do Rio Madeira.

Arquitetura é inspirada nas estações da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré – Foto: DNIT/Divulgação

Conforto e acessibilidade
Boliviano morador de Guayaramerín e despachante de carga marítima, José Alessandro, 22 anos, faz a travessia diariamente para trabalhar. Antes, não havia nem cadeiras para os usuários se sentarem. Para a nova IP4, foi elaborada uma estrutura inspirada na arquitetura das estações da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, inaugurada em 1912. “Agora, além de muito bonita, a estrutura atenderá nossas necessidades. Terá lanchonete, praça, será muito melhor para quem trabalha no porto”, avaliou.

• impulsionar o desenvolvimento do mercado regional;
• melhorar a qualidade de vida da população;
• garantir o controle mais eficaz das embarcações por parte das autoridades portuárias;
• promover melhores condições sanitárias da orla da cidade;
• eliminar e/ou minimizar os efeitos poluentes dos barcos atracados.

Com as obras, a IP4 também ganhou acessibilidade. Ou seja, pessoas com deficiência terão seus direitos de locomoção garantidos por conta da arquitetura do local, permitindo melhor acesso à agência móvel flutuante do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “A nova estrutura é acessível, tem rampa para quem é cadeirante ou que tem outro tipo de deficiência. Se vier de ambulância, pode entrar de maca”, afirmou o operador de embarcação Francisco Tadeu, 68 anos.

Embarcações terão segurança para desembarcar na IP4 de Guarajá-Mirim – Foto: Márcio Ferreira/MT

Ponte binacional
Outra iniciativa que será fundamental para aumentar a integração entre os países vizinhos será a ponte internacional sobre o rio Mamoré, na BR-425/RO. A licitação deve sair ainda em 2023, com início das obras previsto para o próximo ano. “A medida será fundamental para criar um corredor de exportação que impulsionará o desenvolvimento de Rondônia, da Região Norte e da Bolívia. Essa liderança que o Brasil exerce na região precisa garantir benefícios para todos, porque é assim que conseguimos avançar com tranquilidade”, disse Renan Filho.
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério dos Transportes