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Lula e Bolsonaro vão ao 2º turno em disputa pela presidência
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) foram os dois candidatos mais bem votados neste domingo (2) e disputarão o segundo turno da eleição para presidente da República no próximo dia 30.
Pela primeira vez, o pleito será decidido entre dois nomes que já comandaram o país. Será, ainda, o sétimo segundo turno em nove eleições presidenciais diretas desde a redemocratização.
Para que a disputa tivesse se encerrado neste domingo, o primeiro colocado precisaria ter obtido 50% dos votos válidos mais um, o que não ocorreu.
Desde março de 2021, pesquisas mostram Lula e Bolsonaro à frente da disputa. À época, segundo o levantamento XP/Ipespe, o atual mandatário tinha 27% das intenções de voto, e o petista, 25%. Foi a primeira sondagem após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) restabelecer os direitos políticos de Lula.
No mês seguinte, o petista ultrapassou o atual presidente e, desde então, ambos permanecem nas respectivas posições na série histórica do Ipespe.
O agregador de votos CNN/Locomotiva apontava, neste domingo, que o petista tinha 48% das intenções de voto. A ferramenta considera as pesquisas divulgadas até sábado (1º).
Segundo pesquisa Quaest de sábado (1º), Lula registrava 49%, e Bolsonaro, 38%. Na última pesquisa da série do Ipespe antes da votação, divulgada no mesmo dia, o petista também tinha 49%, contra 35% do atual mandatário. O Datafolha mostrava que Lula tinha 50%, e Bolsonaro, 36%. Já o Ipec apontava Lula com 51%, e Bolsonaro, com 37%.
Ex-presidente constrói “frente ampla”
Lula chega ao segundo turno com o apoio de nove partidos. Além do PT, integram a coligação PSB, Solidariedade, PCdoB, PSOL, Avante, PV, Rede e Agir. O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), seu antigo adversário político, é o candidato a vice-presidente em sua chapa.
O petista voltou a se tornar elegível em 8 de março de 2021, quando o ministro do STF Edson Fachin anulou todos os atos processuais da Lava Jato que envolviam o petista.
Fachin entendeu que a 13ª Vara Federal de Curitiba não deveria ter sido designada para conduzir os casos ligados ao petista, porque, segundo o ministro, eles não tinham relação direta com a Petrobras. O entendimento foi confirmado pelo plenário da Corte em 15 de abril, por 8 votos a 3.
Além disso, o Supremo considerou suspeito o ex-juiz Sergio Moro, responsável por julgar e condenar Lula.
O ex-presidente permaneceu por 580 dias na prisão, em Curitiba, até novembro de 2019, após ter sido condenado sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação envolvendo o triplex do Guarujá. Segundo o Ministério Público, ele teria recebido propina da OAS em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras. O pagamento teria sido feito, segundo a acusação, com a reserva e reforma de um apartamento na cidade do litoral paulista.
Durante esse período, foi impedido de disputar a eleição presidencial de 2018. À época, o PT chegou a anunciar a candidatura de Lula, mas ela foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa.
Após a sequência de vitórias na Justiça, o ex-presidente buscou atrair apoio de aliados e até ex-adversários políticos para criar uma “frente ampla” em torno da sua candidatura.
O maior símbolo desse movimento é a presença de Geraldo Alckmin como vice na chapa de Lula. Em 2006, quando o ex-governador de São Paulo estava no PSDB, eles disputaram o segundo turno à Presidência em um pleito que ficou marcado por embates e trocas de acusações entre os candidatos.
Em setembro, oito ex-candidatos à Presidência declararam apoio a Lula em evento com o petista.
Bolsonaro tenta reeleição após governo marcado por pandemia
O presidente conseguiu atrair os partidos que formam a base governista em busca da reeleição. Além do PL, Republicanos e PP apoiam a sua candidatura.
Em seu primeiro ano à frente do Executivo, o presidente e seus ministros conseguiram aprovar a reforma da Previdência no Congresso.
A partir de fevereiro de 2020, Bolsonaro teve que lidar diariamente com o aumento no número de casos e mortes provocados pelo coronavírus e com os impactos econômicos da pandemia.
Em articulação com o parlamento e com os votos da oposição, o governo aprovou um auxílio de R$ 600 a trabalhadores de baixa renda, o auxílio emergencial. O benefício foi postergado mais de uma vez e, mais tarde, transformado em um auxílio permanente, o Auxílio Brasil.
Na área econômica, o governo Bolsonaro também conseguiu aprovar a privatização da Eletrobras.
Além do desgaste em decorrência das mortes provocadas pelo coronavírus, Bolsonaro enfrentou investigações de corrupção contra integrantes de seu governo, como o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, acusado de direcionar repasses da pasta a prefeituras indicadas por pastores sem cargo oficial. Ele nega irregularidades.
Bolsonaro ainda precisou lidar com os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia e com o aumento nos preços dos combustíveis e alimentos provocado pelo conflito.
O presidente teve uma série de atritos com ministros do STF e TSE, levantando suspeitas sobre a lisura do processo eleitoral.
Campanhas retornam na segunda (3)
De acordo com o calendário do TSE, os candidatos podem voltar a fazer campanha às 17h da segunda-feira (3), 24h após o encerramento da votação do primeiro turno. As campanhas podem pedir voto até o dia 28.
No próximo dia 7, a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV também retornará à programação e ficará no ar até o dia 28.
Quem são os candidatos no 2º turno
O 35º presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nasceu em Caetés – à época do seu nascimento, o município chamava-se Garanhuns. Iniciou sua carreira política como presidente do Sindicato do Metalúrgicos do ABC, entre os anos 70 e 80. Depois, fundou o partido dos trabalhadores (PT) e foi eleito deputado federal, em 1986, pela sigla. Disputou as eleições presidenciais de 1989, 1994 e 1998 – terminando todas na segunda colocação – até ser eleito, enfim, em 2002 e reeleito em 2006.
O 38º presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), nasceu em Glicério (SP). Ele se formou pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e se tornou capitão do Exército Brasileiro. Bolsonaro iniciou a sua iniciou a sua carreira política em 1988, como vereador do Rio de Janeiro. Dois anos depois, foi eleito deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro, permanecendo na Câmara Federal por sete mandatos consecutivos. O Bolsonaro foi eleito presidente em 2018.
CNN
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Léo enfrenta “máquinas” de Mariana Carvalho no 2º turno em Porto Velho
Candidata apoiada pelo atual prefeito Hildon Chaves (União Brasil), ainda tem respaldo do governador Marcos Rocha (UB) e do presidente da Alero, Marcelo Cruz (PRTB)
Passados poucos dias do 1º turno das eleições municipais, recomeça a busca pelos votos em outros candidatos e aqueles que seguem indecisos para definir quem vai comandar Porto Velho nos próximos anos, a partir de 01 de janeiro de 2025.
As diferenças entre as candidaturas são gigantescas: o candidato do Podemos, Léo Moraes, está em um partido sem apoio de ninguém contra Mariana Carvalho (do União Brasil, que tem uma coligação com 12 partidos e o apoio do atual prefeito Hildon Chaves, do mesmo partido).
A reboque, Mariana ainda tem respaldo do governador do Estado, Marcos Rocha (UB) e do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Cruz (PRTB). Ou seja: um exército de milhares de servidores comissionados e seus familiares, prontos para votarem em quem seus “comandantes” determinarem.
Porém, essa turma toda não contava com um “grupão” imenso que Léo está e segue coligado: o povo. Este deu quase 65 mil votos para Léo, além dos outros candidatos, que somaram 55% dos votos válidos contra os quase 45% de Mariana Carvalho. O sinal foi dado: a população quer mudança já!
Ainda mais que o lado da situação achava que a “parada” seria resolvida logo no primeiro turno, contando com os votos do exército de comissionados em vários níveis de poder.
Diferenças
Suposta seguidora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mariana Carvalho, 37, era apontada pelas pesquisas como favorita no pleito da capital rondoniense, em chapa com o pastor Valcemir (PL).
Ela é irmã do deputado federal Maurício Carvalho (União Brasil). Com o poderio político de seu grupo na cidade, Mariana tinha mais de cinco minutos de propaganda em rádio e televisão, enquanto “sobravam” 29 segundos para Léo.
“O lado da situação, com apoio gigantesco de máquinas públicas, tinha quase seis minutos de TV, quase 50 inserções nos intervalos comerciais, mais de 300 candidatos a vereadoras e vereadores. Os concorrentes de oposição, incluindo eu, fizeram mais de 200 mil votos, enquanto ela fez pouco mais de 110 mil votos. O recado da mudança já foi dado”, comentou Léo.
Para ele, a luta continua: “Mais de 55% da população optou por outros candidatos que não a apoiada pelo atual prefeito, Governo do Estado e Assembleia Legislativa. Agora, é trazer esses votos para nosso lado, para no dia 27 de outubro, confirmar a mudança que os porto-velhenses querem para ontem. Chega de maquiagem! Com mais trabalho, planejamento e competência, vamos fazer mais, melhor e em menos tempo!”, encerrou ele.
Texto: Assessoria de Comunicação do candidato Léo Moraes (Podemos).
Fotos: Robert Alves
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