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Agronegócio

NO PARÁ, SISTEMAS AGROFLORESTAIS GANHAM ESTÍMULOS COM O PRONAF FLORESTA

Agronegócio

A linha vem sendo aplicada pelo Banco da Amazônia para fortalecer cada vez mais os empreendimentos sustentáveis
O município de Tomé-Açu/PA vem sendo destaque na realização dos sistemas agroflorestais (SAF’S) no estado, uma marca registrada com o título Sistema Agroflorestais de Tomé-Açú (SAFTA) que vem sendo modelo de produção para diversos municípios e fonte de pesquisa para artigos de diversas universidades com foco no desenvolvimento econômico e sustentável.
Com base no Plano Safra 2020/2021, a agência do Banco da Amazônia no município de Tomé-Açú/PA aplicou mais de R$ 12 milhões em cerca de 300 hectares de sistemas agroflorestais, através da linha PRONAF Floresta, contribuindo com mais de 600 empregos diretos e na recuperação de áreas degradadas.
Sistemas Agroflorestais
De acordo com o engenheiro agrônomo, Felício Inada, os SAF’s são sistemas de plantio consorciado, que permite ao produtor plantar mais de uma espécie no território, assim a rentabilidade acontece durante o ano todo. “Nos meses de janeiro a maio, ocorre a safra do cupuaçu e taperebá; de abril a setembro, cacau; nos meses de julho a dezembro, açaí e pimenta do reino; maracujá produz o ano todo, sendo importante receita para manutenção do sistema agroflorestal nos primeiros anos pela periodicidade e regularidade de colheita semanal”, afirma o engenheiro agrônomo.
Em outras palavras, os sistemas agroflorestais são um modelo de sistema de exploração agrícola sustentável, formados por combinações de espécies de árvores, com culturas agrícolas e criação de animais. Apesar de ser considerado um modelo recentemente utilizado, os SAF’s são práticas indígenas, caboclas e ribeirinhas com alta suficiência econômica.
A demanda por produtos do sistema agroflorestal vem aumentando nos últimos anos, com destaque no açaí, cacau e pimenta do reino. Na região de Tomé-Açu, existe uma agroindústria que possui uma unidade de processamento de sementes de andiroba, cupuaçu e maracujá, a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), produz óleos e manteigas dessas sementes e realiza as vendas desses produtos oriundos dos Sistemas Agroflorestais para empresa NATURA. A Cooperativa também fomenta a produção de poupa de frutas que abastece a maior parte da região.
Dona Glaucinete Pinheiro é uma cliente do BASA que se beneficiou do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), possui um empreendimento com 10 hectares de sistema agroflorestal e contratou através a operação através da agência de Tomé-Açu/PA, foram três operações da linha PRONAF, sendo duas operações PRONAF Floresta possibilitando a manutenção de 1,00 há de sistema agroflorestal e uma operação PRONAF Mais Alimentos, adquirindo um trator sendo decisivo pra viabilização da produção e estruturar a propriedade.
“Fiz esse projeto e graças a Deus fui bem atendida, já estamos produzindo. Na propriedade trabalhamos com cacau, pimenta do reino e açaí e já estamos dando produção. O Banco, graças a Deus, tem me ajudado bastante porque nós que somos agricultores, precisamos de incentivo. Normalmente não temos um capital pra gente estar produzindo e o Basa tem dado essa oportunidade pra gente. É muito gratificante”, relata Glaucinete Pinheiro, cliente do Banco da Amazônia.
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF)
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) foi criado em 1995 pelo governo federal para atender o pequeno produtor cuja mão de obra é a agricultura familiar, incluindo os pequenos produtores na cadeia do agronegócio. A finalidade é investir em atividades agropecuárias e não agropecuárias para tais comunidades.
Dentro do Programa, existem linhas de crédito para finalidades distintas em que o produtor familiar se enquadra, só em 2020 foram contratadas 4.514 operações PRONAF o que representa R $126.513.321,32 em investimento na agricultura familiar.
De acordo com o superintendente regional do Banco da Amazônia Pará e Amapá, Edmar Bernaldino, somente no primeiro semestre de 2021 no Estado do Pará, o PRONAF representou 66% da quantidade de operações rurais contratadas. “Oportunizar que este crédito seja aplicado nas pequenas propriedades rurais, em muitos casos, implica também em promover para estes pequenos agricultores um processo de bancarização e inclusão social. Representa grande efeito multiplicador”, afirma.
Para Edmar, o PRONAF é tratado como prioridade e reconhece a inclusão social financeira que o programa oferece. “O crédito através do PRONAF é extremamente importante para fomentar e desenvolver a região amazônica e é tratado como prioridade pelo Banco”, completa.
Para saber mais sobre o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), suas condições e taxas procure um dos gerentes de relacionamentos do Banco da Amazônia em uma agência mais próxima ou acesse: https://www.bancoamazonia.com.br/index.php/produtos-servicos/empresa/agricultura-familiar
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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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