Interação entre acadêmicos e as comunidades dos 12 municípios é um dos principais legados do Projeto Rondon

Com uma intensa agenda de serviços em 12 municípios rondonienses, localizados nas regiões do Vale do Guaporé e Zona da Mata, a Operação Sentinelas Avançadas do Projeto Rondon, coordenado pelo Ministério da Defesa – MD, encerra as atividades na quarta-feira (19), deixando um volume de informações e com os rondonistas levando na bagagem, uma experiência incrível.

No total, 250 rondonistas que incluem acadêmicos e professores de 25 instituições de ensino superior – IES de todo o país participam do projeto. Cada município recebeu duas instituições com vários tipos de oficinas divididas em dois eixos: Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação e Saúde; e Comunicação, Tecnologia e Produção, Meio Ambiente e Trabalho.

Orientação para a construção de uma horta comunitária é um dos resultados do Projeto Rondon

No município de Costa Marques, na fronteira com a Bolívia, estudantes de uma universidade de Pato Branco no Paraná ajudaram moradores a iniciar a montagem de uma horta comunitária urbana. A acadêmica de agronomia Maria Regina Faversani foi quem ministrou a oficina. “Depois de uma aula teórica mostramos como é o processo de preparo da terra. Sou de família de agricultores e é muito bom poder passar minha experiência para pessoas que estão a milhares de quilômetros de distância”, revelou.

Para o líder comunitário Daniel de Souza, “esse incentivo vai ajudar a comunidade e também a escola, já que daqui a dois meses, a horta deve estar pronta para receber as mudas”, declarou. Dessa forma, trocando experiências, que todos os rondonistas se sentiram privilegiados por participarem do Projeto Rondon. Romildo da Silva, estudante de Psicologia de Uberaba no Triângulo Mineiro integra o grupo que trabalhou com idosos de Seringueiras. Carmelita Clara de Jesus de 83 anos, agradeceu a presença dos rondonistas. “É muito bom ter eles aqui com a gente, esses jovens são abençoados”, destacou.

Esses são apenas alguns exemplos de experiências marcantes desta edição do Projeto Rondon. Mas para a rondonista Lorena Simon, participar do Projeto tem um sabor ainda mais especial. Ela nasceu em Rolim de Moura e aos dois anos de idade se mudou para Goiânia, onde mora até hoje. “Quando eu vi que esse ano o Projeto Rondon seria aqui eu fiz questão de vir, é muito bom poder voltar à minha terra natal numa ocasião tão importante como esta”, salientou a estudante que participou da oficina realizada na Aldeia São Luís, na Terra Indígena Rio Branco, no município de Alta Floresta d’Oeste.

Oficina de culinária para mulheres indígenas Aruá resultou em novas receitas a base de café

Na área indígena, os acadêmicos se dividiram em diversas atividades que incluiu uma oficina de culinária com o objetivo de agregar valor a um dos cafés mais premiados do Estado, produzido pelo povo indígena Aruá. Para o cacique Edmar Aruá, “só temos a agradecer, para o nosso povo Aruá, foi muito bom receber esses cursos”, destacou.

PROJETO RONDON

O Projeto Rondon é uma iniciativa do Governo Federal e tem parceria com o Governo de Rondônia na Operação Sentinelas Avançadas. O Projeto foi criado em 1967 e em sua primeira fase, com uma iniciativa assistencialista, teve sua primeira operação realizada no antigo Território, atualmente Estado de Rondônia. Esta será sua terceira passagem no Estado.

Fonte: Governo RO