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Agronegócio

Ovos da raça índio gigante podem ser comercializados por até R$ 120,00 a dúzia em Rondônia

Agronegócio

O Dia de Campo sobre melhoramento genético e criação de galo índio gigante, realizado pela Emater-RO na propriedade do criador Amaides Feliciano, trouxe grandes perspectivas para os interessados em criar essa espécie avícola. Localizada no quilômetro 18 da Linha 134, lado Norte, no município de Nova Brasilândia do Oeste, a propriedade conta com um criatório onde as aves podem pesar até oito quilos e seu tamanho ultrapassa um metro de altura. Supervalorizado, um galo da raça índio gigante pode valer mais de R$ 10 mil e os ovos das galinhas serem vendidos por até R$ 120,00 a dúzia.

Considerando-se a velocidade com que se reproduzem, o melhoramento genético em aves pode ser obtido com maior rapidez que o da maioria das espécies domésticas. A idéia é produzir carcaças bem desenvolvidas com menor percentagem de gordura e maior de carnes nobres como: peito, coxa e sobrecoxa para as raças de corte ou maior capacidade de produção de ovos com alto valor nutritivo em animais de postura.

No caso do produtor Amaides, ele utiliza a inseminação artificial onde, dependendo da raça das aves utilizadas, é possível obter animais mestiços ou selecionar características desejáveis da raça existente. Segundo o criador, “os galos da raça índio gigante podem medir até 1,20 metros e pesar oito quilos com idade de sete a oito meses”.

                                                                   Sabor da carne do índio gigante é semelhante à da caipira.

O criador e um dos palestrantes do Dia de Campo, João Antônio Brito Farias, de Alta Floresta do Oeste, explica que a raça índio gigante é uma das raças que contribuem para o desenvolvimento sustentável da avicultura. “Em um nicho específico, como o da linhagem das aves caipiras, o índio gigante chama atenção, por passar por um processo de criação orgânica, sem o uso de hormônios ou manipulações químicas”, diz.

Outro criador e também palestrante, Marcelo Correia de Oliveira, de Cujubim, complementa dizendo que as aves dessa raça são utilizadas no melhoramento do plantel de aves caipiras. “A carne de aves caipiras possui sabor e textura diferenciados das carnes de aves encontradas nos supermercados e o sabor da carne da raça índio gigante é semelhante à essa carne da raça caipira”.

Outro fator importante está no valor comercial dessa linhagem. Um galo da raça índio gigante pode valer até R$ 10 mil e, em um encontro nacional que reuniu criadores da raça em Guareí, no interior de São Paulo, um animal de 11 meses, medindo 1,24 m de altura, foi arrematado em leilão por R$ 154 mil. Em Nova Brasilândia do Oeste o pintinho tem sido negociado em por cerca de R$ 25,00 a R$ 50,00 reais e a dúzia de ovos pode ser comercializada por até R$ 120,00 reais.

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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