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“Perda irreparável”

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“A morte é a curva na estrada. Morrer é só não ser visto”. Apenas a sensibilidade de Fernando Pessoa ajuda a mitigar a sensação de perda irreparável que me avassala, subjuga e aniquila o espírito pelo precoce falecimento de pessoa tão querida como o ex-senador Rubens Moreira Mendes, que carinhosamente chamei de “Tio Rubinho”, junto a cuja família passei minha infância, na companhia dos amigos e irmãos Rodrigo, Cacá e Guilherme. Advogado, Moreira Mendes foi um dos signatários da instalação da OAB Rondônia, há 44 anos, na companhia de 22 outros profissionais ilustres naquele memorável 18 de fevereiro de 1974. 
 
Senador da república, Rubinho destacou-se em todo o país por sua competência, determinação e trabalho, embora tenha ocupado a vaga como suplente de José Bianco que se elegeu governador de Rondônia. Visionário, Rubinho tomou para si a tarefa de levar uma imagem positiva do estado junto ao empresariado nacional em busca de investidores em nossas amplas potencialidades, coisa que somente foi retomada pelo governo do estado em 2017. Foi também ele que registrou nos anais do Senado a advertência de que o meio ambiente tem que produzir riquezas para estimular sua conservação. Coisa que foi desprezada nos anos seguintes e apenas agora começa a ser retomada por esse enfoque.
 
É preciso registrar que a intensidade, organização e volume de trabalho de Moreira Mendes foi reconhecida até pelos adversários políticos, muitos dos quais o procuravam – e eram atendidos – em seu gabinete no Senado. A própria população de Rondônia demonstrou reconhecer a dimensão de sua atuação ao sufragar em seu nome 175,5 mil votos na disputa pela reeleição, a primeira da qual participou na vida como candidato. Não conseguiu a reeleição, mas deixou seu nome registrados entre os mais respeitados integrantes daquela casa.
 
Um de seus mais destacados trabalhos, que conquistou inclusive o respeito do próprio então presidente FCH, foi a verdadeira batalha que travou no Senado em defesa do reconhecimento da Planafloro rondoniense, ignorado pelo governo federal em função da MP 2166/67, que estabelecia limite de desmatamento a 20% dos imóveis rurais do estado e estabelecia prazo para os produtores efetuarem a recomposição da cobertura florestal.
 
Por conta disso, o então senador Moreira Mendes comprou sozinho uma briga monumental contra o governo Fernando Henrique Cardoso por conta da Medida Provisória 2166, que estabelecia a absurda limitação linear do desmatamento a 20% do território e obrigava os proprietários de terras a recompor a cobertura florestal mesmo em áreas que jamais haviam sido ocupadas pela mata.
 
O senador renunciou ao cargo de vice-líder do governo que até então ocupava, para declarar-se em obstrução permanente, embora solitária, das matérias de interesse do governo no Senado, aí incluída a tal CPMF. “Voltei à tribuna esta semana, para, mais uma vez, falar sobre a Medida Provisória nº 2.166″ – disse ele, para acrescentar:  “Penso que esta deve ser a 13ª ou a 14ª vez que a ocupei para falar do mesmo assunto, um verdadeiro estelionato oficial praticado contra os colonizadores daquela região e seus descendentes. A responsabilidade a mim conferida pelo povo me vincula a um duplo contrato: de um lado, o mandato para agirmos em seu nome e, de outro, o dever de servi-lo em suas demandas mais prementes.
 
– Por essas razões – continuou – para além do Partido a que estou filiado, para além do programa de Governo que eventualmente apoio nesta Casa é que tenho este dever, o de servir ao meu estado e ao meu povo, que me conferiu o mandato. Eis porque informei que a partir daquele momento, em solidariedade ao povo do meu estado, declarei-me em obstrução pessoal.  Disposto a esgotar todos os recursos que o Regimento Interno me permitisse para impedir a aprovação de qualquer matéria que seja do interesse do Governo, com o meu voto. Até que o Governo, verdadeiramente, demonstre vontade política para discutir essa questão. FHC não aceitou o confronto e por telefone, da Alemanha, onde se encontrava em missão oficial, determinou o acatamento do Planafloro, o que beneficiou igualmente os demais estados da região. 
 
Rubens Moreira Mendes deixa este plano de existência. Mas em seu nome estarão consignadas na história de Rondônia a gratidão e o respeito da OAB e da população pela imortalidade de seu trabalho.
Andrey Cavalcante

 

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Cuidar da circulação pode ajudar a envelhecer melhor e com mais saúde

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Conheça algumas dicas de prevenção e cuidados para evitar doenças que possam afetar os vasos sanguíneos

O brasileiro está vivendo mais e, com isso, os cuidados com a saúde precisam ser reforçados para garantir a qualidade de vida ao longo do envelhecimento. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que as pessoas com 60 anos ou mais já representam 15,6% da população, reflexo do aumento de 56% desta faixa etária desde 2010. Além disso, a expectativa de vida subiu de 71,1 anos em 2000, para 76,4 em 2023. Um dos diversos fatores para a melhoria desse índice está relacionado ao cuidado com a saúde. Para viver mais e melhor, é importante ficar atento para possíveis comorbidades que podem surgir ao longo dos anos, principalmente do sistema circulatório.

 

Com o avançar da idade, os vasos sanguíneos se tornam mais frágeis e dilatados, algo que pode tornar o fluxo sanguíneo mais lento. “Qualquer alteração no fluxo de sangue pode trazer consequências para a saúde, por isso, é preciso ter acompanhamento médico constante para compreender as necessidades de cada paciente. Os idosos podem enfrentar problemas como obstruções, tromboses e riscos de doenças cardíacas relacionadas aos sistema circulatório”, afirma a médica Allana Tobita, cirurgiã vascular e membra da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia vascular).

 

Como prevenir

Para evitar estas situações, a médica recomenda ações que podem se tornar hábitos antes mesmo de chegar à terceira idade. Entre eles estão a atividade física, a ingestão de líquidos, o acompanhamento por meio de check-ups periódicos para prevenir doenças cardiovasculares, entre outros.

Dra. Allana Tobita

“O fortalecimento da musculatura das pernas auxilia na ejeção do fluxo sanguíneo e a ingestão de líquidos melhora a fluidez do sangue nas veias. Já a meia de compressão pode ser uma boa opção para momentos de repouso prolongados, pois ajuda a ativar a circulação, conforme orientação médica. É importante ressaltar que não se trata apenas de uma ação, mas um conjunto de fatores que ajudam a manter o sistema circulatório saudável”, explica Allana.

 

Comida que faz bem

A alimentação saudável, com poucas gorduras saturadas, rica em nutrientes, fibras e antioxidantes também faz parte da receita para cuidar e prevenir doenças circulatórias na terceira idade.

“Frutas vermelhas, oleaginosas e fibras ajudam na proteção dos vasos sanguíneos, evitam o acúmulo de gordura e o entupimento das veias. Estes alimentos promovem diversos benefícios conforme a necessidade de cada paciente”, comenta.

 

Cuidado com a mente e o sono

 

Allana também traz como recomendação a necessidade do sono saudável e o controle do estresse. Ambos têm impacto direto no metabolismo e precisam de atenção especial.

 

“O sono saudável permite que o organismo possa processar melhor os nutrientes e evita a ação de radicais livres, substâncias prejudiciais que aumentam o risco de doenças como a trombose e obstruções arteriais. Já o estresse pode levar a outras situações como a ansiedade, que por consequência afetam o sono e diversos aspectos da saúde. Por isso, uma abordagem multifatorial, que envolva aspectos físicos e psicológicos, pode promover benefícios ainda maiores para as pessoas”, finaliza.

Sobre as meias de compressão

As meias de compressão funcionam como uma “bomba da panturrilha”, e reforçam o mecanismo natural das pernas para bombear o sangue até o coração. Algumas meias como os modelos da SIGVARIS GROUP possuem uma tecnologia que auxilia no tratamento dos desconfortos causados por problemas de circulação, a exemplo de inchaços, dores, entre outros.

 

Sobre a SIGVARIS GROUP

A SIGVARIS GROUP é uma empresa suíça de capital 100% familiar desde sua fundação e que está empenhada em ajudar as pessoas a se sentirem melhor com soluções inovadoras e de alta qualidade em terapia de compressão médica. Todo dia. No mundo todo. Nosso portfólio atende a uma ampla gama de diferentes necessidades e indicações, com o objetivo de promover saúde e qualidade de vida às pessoas, prevenire tratar doenças venosas e proporcionar conforto em todos os momentos da vida. A empresa foi fundada em 1864 na cidade de Winterthur e, por aproximadamente 100 anos, produziu “tecidos emborrachados elásticos”, comercializado na Suíça e no Exterior. Entre 1958 e 1960, colaborou com o Dr. Karl Sigg para desenvolver meias médicas de compressão para melhorar a função venosa e aliviar os sintomas venosos. O portfólio de produtos foi ampliado em 2009 quando as linhas esportivas, de viagem e de bem-estar, dedicadas ao consumidor, foram acrescentadas à linha médica. As meias das linhas de viagem e bem-estar proporcionam uma função preventiva e aliviam os primeiros sintomas de problemas nas pernas, enquanto os produtos da linha esportiva apoiam o desempenho dos atletas e seu tempo de recuperação. No mundo, são 1,5 mil funcionários, em fábricas na Suíça, França, Brasil, Polônia e Estados Unidos, bem como subsidiárias integrais na Alemanha, Áustria, Reino Unido, Canadá, China, Austrália, México e Emirados Árabes Unidos, com atendimento a 70 países. No Brasil, são mais de 200 funcionários em sua sede, em Jundiaí.

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