Agronegócio
#PORTOAGRO: Bancos disponibilizam mais de R$ 1 bilhão em créditos para os produtores rurais da capital
Agronegócio
Lançamento oficial da feira será nesta quinta-feira, às 19h, no auditório do Senac
Em quatro dias de evento, de 29 de agosto a 1º de setembro, a Feira de Negócios Tecnologias Rurais Sustentáveis de Porto Velho (Portoagro) deve movimentar mais de R$ 100 milhões em créditos para o setor primário da capital e dos municípios vizinhos, segundo a Semagric (Subsecretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento).
Em parceria com o Sicoob, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco da Amazônia (Basa), a Portoagro disponibilizará mais de R$ 1 bilhão em linhas de crédito para que o produtor possa investir na compra de qualquer equipamento, do carrinho de mão ao mais sofisticado trator.
“Claro, esse recurso não será todo utilizado em uma única feira, mas o montante que deve ser investido em aquisições deve ultrapassar os R$ 100 milhões”, explicou o gerente regional da Emater-RO, Hilton Uchôa das Neves.
O lançamento oficial da feira acontece nesta quinta-feira, 2/8, às 19h, no auditório do Senac, na Rua Tabajara, Bairro Panair. Mas, enquanto o evento não inicia, os agentes financeiros envolvidos na feira realizam as rodadas de negócios, com atendimento aos produtores do Candeias do Jamari e do distrito de Triunfo, de Itapuã do Oeste e de Porto Velho, assim como os distritos de Jaci-Paraná, Nova Mutum. “Nesta quinta-feira,2, a rodada de negócios acontece na Feira Agropecuária de União Bandeirantes, para atender os produtores da região e de Jaci-Paraná”, salienta Hilton Uchôa.
Para ter acesso ao crédito, basta o produtor ter declaração de aptidão que é emitida pelo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). “Os créditos são liberados com juros de dois e meio por cento a quatro ponto seis por cento ao ano. O Pronaf Floresta, que era de R$ 30 mil, passou para R$ 60 mil, com juro de dois e meio por cento ao ano, e o produtor não necessita de avalista nem de garantias para contratar o crédito”.
Esses eventos contam com a participação das entidades parceiras – Seagri, Emater e instituições financeiras oficiais, que ficaram à disposição para elaboração de novos projetos para serem contratados durante a 3ª Portoagro.
De acordo com subsecretário da Semagric Francisco Evaldo de Lima, a realização das reuniões de encontro de crédito é uma forma de oportunizar os agricultores para conseguirem, em tempo hábil, agilizar suas documentações junto aos bancos, a fim de obter a liberação dos projetos elaborados pelos extensionistas da Emater-RO. “Queremos que os produtores possam ter acesso ao crédito para financiar suas máquinas, equipamentos, insumos e demais bens agrícolas”, comentou Evaldo.
Comdecom
Agronegócio
Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.
Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.
Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.
A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.
A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.
Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.
Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
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