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Agronegócio

Presidente do Instituto do Agronegócio critica moratória e defende interesses dos produtores

Agronegócio

Entidades ligadas ao agronegócio brasileiro, inclusive o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, fizeram críticas veementes à decisão do bloco europeu de impor restrições à importação de produtos originados de áreas com histórico de desmatamento ou degradação ambiental.

A origem do problema está num acordo estabelecido há 17 anos, entre organizações não governamentais, agroindústrias e o Governo Federal. Por esse pacto ficaria proibida a aquisição de soja proveniente de áreas na Amazônia desmatadas após 22 de julho de 2008.

Para os produtores, essa moratória representa um ataque às leis brasileiras e causa prejuízos significativos ao setor. No território brasileiro, a legislação permite o desmatamento de até 20% das áreas totais de uma propriedade na região.

No entanto, conforme estipulado pela moratória, mesmo que o proprietário não tenha atingido essa porcentagem, ele fica impedido de expandir o desmatamento legal se desejar fornecer sua produção às empresas signatárias do acordo.

Para o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende, essa moratória é uma afronta à soberania brasileira. “É inadmissível que imponham limitações aos nossos próprios métodos de produção. Estamos diante de uma situação em que o cumprimento desse acordo se tornou um entrave aos nossos produtores, minando não só a economia do setor, mas também nossos direitos como nação. Precisamos repensar seriamente essa imposição externa que prejudica a agricultura brasileira”, frisou Rezende.

“Essas restrições arbitrárias impostas não apenas desconsideram os esforços e a legislação brasileira para um desenvolvimento agrícola sustentável, mas também representam um claro ataque à autonomia e soberania do nosso país. Essa moratória é um exemplo claro de como interesses externos tentam sufocar nossa produção, ignorando o compromisso genuíno do Brasil com a preservação ambiental. Estamos comprometidos em buscar soluções que não apenas protejam nossa natureza, mas também defendam os direitos e a prosperidade dos nossos produtores”.

Isan Rezende, reforçou a necessidade de proteger os interesses dos produtores brasileiros diante das medidas restritivas adotadas pela União Europeia. Ele pontuou a existência de mercados alternativos e a importância de manter a soberania na definição das práticas sustentáveis, salientando que a produção agropecuária brasileira é pautada por rigorosos padrões de qualidade e responsabilidade ambiental.

GOVERNO – Em reunião com representantes do setor produtivo o governador mato-grossense, Mauro Mendes defendeu uma atuação mais enérgica do Governo Federal, na defesa dos interesses dos produtores. “Nossos produtores trabalham na legalidade, cumprindo o Código Florestal Brasileiro – que é a lei ambiental mais restritiva do mundo – e não vamos aceitar que sejam desrespeitados ou boicotados por produzirem dentro da lei. Hoje conversamos com dezenas de prefeitos, produtores e representantes do setor produtivo e alinhamos providências contra a moratória da soja e da carne.

Mendes sugeriu a criação de um projeto de Lei para retirar os incentivos fiscais das empresas que aderirem a moratória, além de se denunciar as empresas participantes do boicote por práticas abusivas no mercado, “já que 95% das compradoras da produção de Mato Grosso estão ligadas às entidades que firmaram o acordo da moratória”, disse Mendes.

Veja um vídeo com a fala do Governador:

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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