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Agronegócio

Presidente Laerte Gomes afirma que agirá para acabar com cartel dos laticínios em Rondônia

Agronegócio

Parlamentar afirma que empresas têm incentivos fiscais, enquanto as famílias do campo não cobrem os custos da produção

O presidente da Assembleia Legislativa, Laerte Gomes (PSDB), no pequeno expediente da sessão ordinária de terça-feira (28), parabenizou o Governo pela Rondônia Rural Show, considerado um sucesso de negócios e de público. Ele também disse estar disposto a agir para acabar com o cartel dos laticínios existente no Estado.

O parlamentar registrou a revolta dos produtores de leite e disse ter visto as notas fiscais apresentada por um casal, verificando que alguns laticínios pagam R$ 0,90 pelo litro, enquanto outros pagam R$ 0,85.

“O laticínio Italac paga um pouco mais, mas há dois meses não manda nota fiscal para o produtor, somente um papel. É por isso que nos últimos dois anos houve uma queda de 25% no setor. Se não for feito algo pelo Estado agora, vai cair mais”, alertou.

Laerte disse já ter conversado com o governador Marcos Rocha para irem até a Cooperativa Agropecuária do Noroeste do Mato Grosso Ltda (Coopnoroeste), em Araputanga (MT), buscar um modelo para que o produtor possa sair das mãos dos laticínios.

“Enquanto as indústrias têm de 90% a 95% de isenção de impostos, o produtor não tem nenhum incentivo. O que se ganha não cobre os custos de produção. Precisamos rever essa questão. O leite é um dos principais produtos que aquece o comércio, principalmente nas pequenas e médias cidades de Rondônia”, acrescentou o parlamentar.

Ele disse, ainda, que a Assembleia Legislativa está ao lado dos produtores, e assim os parlamentares farão tudo o que tiver que ser feito. “O governador está o lado produtores, vamos agir unidos para resolver o problema”, especificou.

O presidente Laerte Gomes afirmou que não pode aceitar o cartel de laticínios liderado pelo Grupo Italac. “Vamos encarar esse cartel, porque a conta não fecha. Leite e derivados estão cada vez mais caros nos mercados e os produtores estão ganhando pouco”, detalhou Laerte.

Ainda sobre a Rondônia Rural Show, o presidente da Assembleia disse esperar que também seja um sucesso de resultados. “Parabéns ao governador Marcos Rocha e ao secretário de Agricultura, Evandro Padovani, que estiveram todos os dias acompanhando a programação”, destacou.

O parlamentar também agradeceu aos colegas deputados que participaram da sessão itinerante realizada na Rondônia Rural Show. Ele disse que conversou muito com o governador Marcos Rocha e que o convívio foi importante. “Rondônia vai avançar”, assegurou.

Foto: José Hilde-Decom-ALE-RO

Assessoria
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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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