Agronegócio
Produtores são premiados no 1° Concurso de Qualidade de Queijos de Rondônia – ConQueijo, na Rondônia Rural Show
Agronegócio
O anúncio oficial dos campeões do 1° Concurso de Qualidade de Queijos de Rondônia – ConQueijo, foi realizado na manhã deste sábado, 28, durante a 3ª RondoLEITE, no auditório oficial da 9ª Rondônia Rural Show Internacional, em Ji-Paraná. O concurso teve como objetivo promover a qualidade e valorização das produções queijeiras das agroindústrias familiares e dos estabelecimentos agroindustriais de pequeno porte de leite e derivados, avaliando e classificando, em cada categoria a ser julgada, o melhor produto em função dos atributos sensoriais avaliados por analistas.
Os produtores de queijo concorreram a R$ 61.551,92 em prêmios. O concurso contou com o total de 12 estabelecimentos inscritos e 29 inscrições realizadas em diferentes categorias. Os queijos campeões passaram pelos critérios de avaliação, sendo eles: aspecto global, cor, textura, consistência, aroma e sabor. Os produtores concorreram em cinco categoria: mozzarella, provolone, queijo minas padrão, queijo coalho e queijos de massa filada.
De acordo com o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o Estado de Rondônia possui grandes agroindústrias de leite e derivados e o ConQueijo colocará Rondônia no cenário nacional e internacional, com a apresentação de queijos artesanais especiais, além de possibilitar a abertura de novos caminhos para exportação.
“O primeiro ConQueijo está acontecendo para fomentar a cadeia produtiva do queijo e valorizar os produtos dos nossos grandes produtores rurais. Nossa terra já é reconhecida nacionalmente como produtora do melhor queijo e isso é motivo de muito orgulho para todos nós. Rondônia é a terra do boi, do queijo, da agricultura familiar, do agronegócio e eu não tenho dúvidas que iremos avançar ainda mais. Eu quero que os pequenos fiquem grandes e que os grandes fiquem maiores”, disse o governador.
A produtora da Agroindústria Lacklein, Luzinete Fernandes, do município de Candeias do Jamari, foi destaque em três categorias: 1° lugar queijo provolone, com nota 86,07; 3° lugar queijo muçarela, com nota 68,56 e 3° lugar, queijo de massa filada, mais conhecido como queijo cabacinha, com pontuação 76,65.
Para ela, receber esse reconhecimento é uma forma de mostrar o potencial que Rondônia tem na produção de queijos. “Estamos muito felizes em saber que nossos queijos foram reconhecidos em um concurso estadual. Nós trabalhamos com todos os tipos de queijos há 15 anos e esse resultado se deve, principalmente, porque fazemos tudo com muito amor e dedicação. O nosso sabor é puro amor”, disse emocionada.
José da Silva, do laticínio Lírio do Vale, de Rio Crespo, informou que ficou feliz quando abriu as inscrições para o ConQueijo e aproveitou a oportunidade para participar e concorrer aos prêmios. Ele foi premiado em 1º lugar na categoria queijo muçarela, com nota 75,58 e em 3º lugar na categoria minas padrão, com nota 68,56. “Estamos trabalhando muito para participar dos concursos e graças ao apoio do governo, nós estamos aqui hoje recebendo as premiações. Ano que vem nós vamos participar em mais categorias. Foi muito bom ganhar, é bom demais, não tem coisa melhor no mundo do que isso não. Eu agradeço a todos que nos ajudaram a chegar até aqui”, comemorou.
Natália Lira veio representar a produtora Salete Perisale, do Sítio Santa Paulina de Alta Floresta, 1° lugar na categoria queijo minas padrão, com nota 75,06. “Dona Salete é uma forte produtora, ela é uma mãe pra mim e por motivos de saúde ela não pode vir, mas é muito emocionante ver o quanto ela ama o trabalho que faz. Hoje ela produz cerca de 15 queijos por dia e vende na região. Eu estou extremamente contente por esta conquista”, relatou.
Para a produtora Simone Silva, da Agroindústria Vale da Esperança, de Itapuã do Oeste, ganhar o ConQueijo representa valorização de um trabalhado árduo de três anos. Ela ganhou em 1° lugar na categoria queijo massa filada, com nota 78,44 e em 3° lugar com o queijo provolone, com nota 74,31. “É muito bom receber essa valorização e ser reconhecido pelo Estado como produtores do melhor queijo. Estamos muito felizes e emocionados com essa conquista”, relatou.
O presidente da Emater Rondônia, José de Arimatéia, representou o ganhador do 1° lugar da categoria queijo coalho, da agroindústria Vitorino de Colorado do Oeste, que não pôde estar presente na premiação. O queijo recebeu a pontuação de 74,25.
CAMPEÕES
CATEGORIA QUEIJO MUSSARELLA (EM BARRA)
1° Lugar: Missão Técnica (Recurso financeiro) de R$ 5.600,00 e recurso financeiro de R$ 3.000,00/Laticínio Lírio do Vale – Colorado do Oeste, nota 75,58.
2° lugar: Roçadeira Husqvarna Mod. 541 RST no valor de R$ 2.750,00 e 1 Análise de Físico Química do Queijo no valor de R$ 170,00/Agroindústria Margori – Ouro Preto, nota 70,81.
3° lugar: 1 Análise de água completa (R$ 350,00); 1 Análise Físico Química do Leite (R$ 170,00) e 1 Análise Físico Química do Queijo (R$ 235,00)/Agroindústria Lacklein – Candeias do Jamari, nota 68,56.
CATEGORIA QUEIJO PROVOLONE
1° lugar: Missão Técnica (Recurso financeiro) de R$ 5.600,00 e Recurso financeiro de R$ 3.000,00/Agroindústria Lacklein – Candeias do Jamari, nota 86,07.
2° lugar: Produtos para Ordenha no valor de R$ 2.000,0 e 3 Análises Microbiológicas do Queijo no valor de R$ 300,00 cada uma/Agroindústria Marcon – Presidente Médici, nota 74, 92.
3° lugar: 1 Análise de água completa de R$ 350,00 e 3 Análises Físico Química do Leite de R$ 170,00 cada uma/Agroindústria Vale da Esperança – Itapuã do Oeste, nota 74,31.
CATEGORIA QUEIJO COALHO
1º lugar: Missão Técnica (Recurso financeiro) de R$ 5.600,00 e Recurso financeiro de R$ 3.000,00/Agroindústria Vitorino – Colorado do Oeste, nota 74,25.
2º lugar: Roçadeira Bandai RG430 no valor de R$ 951,92, 3 Análises Microbiológicas do Leite no valor de R$ 300,00 cada e 3 Análises de água completas no valor de R$ 300,00 cada/Agroindústria Margori – Ouro Preto, nota 71,01.
3º lugar: 1 Análise de água completa (R$ 350,00), 1 Análise Físico Química do Leite (R$ 170,00) e 1 Análise Físico Química do Queijo (R$ 235,00)/Agroindústria Por do Sol – Guajará-Mirim, 70,74.
CATEGORIA QUEIJO MINAS PADRÃO
1º Lugar: Missão Técnica (Recurso financeiro) de R$ 5.600,00 e recurso financeiro de R$ 3.000,00/Sítio Santa Paulina – Alta Floresta, 75,06.
2º lugar: 10 Análises Microbiológicas do Leite no valor de R$ 230,00 cada e 2 Análise Microbiológica do Queijo no valor de R$ 300,00 cada/Agroindústria Tomy Leite – Colorado do Oeste, nota 71,73.
3º lugar: 1 Análise de água completa (R$ 350,00) e 2 Análises Físico Química do Leite (R$ 170,00 cada)/Laticínio Lírio do Vale – Rio Crespo, nota 64,44.
CATEGORIA QUEIJO MASSA FILADA – FORMATOS NOZINHO E CABACINHA
1º lugar: Missão Técnica (Recurso financeiro) de R$ 5.600,00 e recurso financeiro de R$3.000,0/Agroindústria Vale da Esperança – Itapuã do Oeste, 78,44.
2º lugar: 3 Análises de água completa no valor de R$ 350,00 cada, 1 Análise Microbiológica do Queijo no valor de R$ 300,00 e 7 Análises Físico Química do Queijo no valor de R$ 235,00 cada/Agroindústria Marcon – Presidente Médici, 78,18.
3º lugar: 2 Análises Físico Química do Leite (R$ 170,00 cada), 1 Análise Microbiológica do queijo no valor de R$ 300,00 e 1 Análise Físico Química do Queijo no valor de R$ 235,00/Agroindústria Lacklein – Candeias do Jamari, 76,65.
Agronegócio
Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.
Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.
Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.
A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.
A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.
Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.
Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
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