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Racismo estrutural deve ser combatido por todos, reafirma presidente do TJRO

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Como aprendemos a ser racistas? Questiona a juíza ouvidora Supremo Tribunal Federal (STF) e juíza auxiliar do ministro Luís Roberto Barroso, Flávia Martins de Carvalho, em sua palestra “Direito e Questões Raciais”, proferida na terça-feira, 26, no auditório do Tribunal de Justiça de Rondônia, durante abertura da Formação Continuada em Questões Raciais, pela Escola da Magistratura, evento da Comissão de Prevenção e Combate ao Assédio Moral, Sexual e à Discriminação (CPCAD).

Ela mesmo responde demonstrando imagens de capas de revistas, só com mulheres/modelos brancas; fotos de super-heróis, todos com brancos; ou ainda a comparação de duas imagens, a da corte de desembargadores do TJ São Paulo formado pela maioria por homens brancos e a da companhia de recolhe lixo no Rio de Janeiro, formada por profissionais majoritariamente pardos. Outro exemplo descrito por Flávia é relatado por uma escritora que levou o filho para conhecer a nova escola, onde foi apresentado a todos os profissionais, menos para a responsável pela limpeza, única mulher preta da instituição. “Ela conta que alí o filho aprendeu a ser racista”, complementou a magistrada ao esclarecer que as sutilezas do preconceito racial são cruéis e violentas com os corpos negros.

Ela própria demonstra o quanto precisa, cotidianamente, enfrentar olhares julgadores, mesmo tendo superado tantas barreiras até se tornar juíza ouvidora do STF. “É preciso mais que cotas. É preciso levantar a cabeça e não deixar que o racismo nos violente como pessoa, na nossa existência”, destacou. “Esse é um trabalho que deve ser feito por todos nós, não apenas pessoas negras. Construir uma sociedade livre, justa, solidária e igualitária não é responsabilidade de pessoas negras, mas sim de todos”, completou

 

Mesa

A colagem de fotos com vários momentos  da solenidade

Antes da palestra, na mesa de abertura, o presidente do TJRO, desembargador Raduan Miguel Filho, reafirmou o compromisso do tribunal com o Pacto Nacional contra o racismo no Judiciário. “Revitalizamos nosso empenho em alinhar as nossas políticas de enfrentamento ao racismo estrutural dentro do Judiciário”, reiterou.

O corregedor geral da Justiça, desembargador Gilberto Barbosa, destacou a formação da Emeron como uma iniciativa “inclusiva e igualitária”. Como desembargador e negro, reconhece que apesar de termos uma constituição cidadã, é preciso avançar e muito para garantir direitos às pessoas negras, tão estigmatizadas por séculos de escravização e marginalização. “É nosso dever enquanto agentes da Justiça, proteger a dignidade humana”, pontuou.

Para o presidente da Comissão de Prevenção e Combate ao Assédio Moral, Sexual e à Discriminação, desembargador Álvaro Kálix Ferro, o racismo estrutura e institucional está presente em estruturas de Poder, nos processos de decisão, e nos espaços de prestação de serviços públicos, aí incluído o nosso Poder Judiciário. “Reconhecer essa realidade é o primeiro passo para transformá-la. Nesse sentido, a formação continuada é fundamental”,

O ouvidor do TJRO, desembargador Francisco Borges, colocou a ouviria a disposição para colaborar nessa política de enfrentamento, assim como a juíza Míria Nascimento, que destacou a parceria do TJRO e Emeron para tornar possível a discussões de questões raciais.

O diretor da Emeron, desembargador Alexandre Miguel, rememorou o destaque de Rondônia ao adotar ações afirmativas de combate ao racismo, como a resolução 256, que instituiu a política de reserva da 50% de vagas para negros no provimento de cargos em comissão e funções gratificadas. Para capacitar servidores, a Escola ofereceu formação para 46 alunos, que agora compõem um banco de talentos para assumir funções de liderança. Essas práticas renderam reconhecimento nacional como o prêmio de Equidade Racial boas Práticas do CNJ. “Tudo para gerar um ambiente de trabalho digno e respeitoso para todos”, apontou o desembargador ao falar também das ações da CPCAD.

Na última parte do evento, os membros da CPCAD se apresentaram e prestaram esclarecimentos sobre o Protocolo para Gestores e manual de procedimentos da Comissão.

 

Assessoria de Comunicação Institucionais

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TJ do Amazonas concede medalha do mérito ao presidente do TJRO

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Uma solenidade no auditório do Tribunal de Justiça do Amazonas marcou, nesta quinta-feira, 19, a outorga de medalhas e diplomas do mérito do Estado do Amazonas a membros do Poder Judiciário e autoridades de diversos segmentos. O presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, desembargador Raduan Miguel Filho foi um dos homenageados com a honraria amazonense. 

A outorga ao presidente do TJRO se deu por reconhecimento de seus méritos reconhecidos pelo Conselho de Medalhas do Tribunal de Justiça do Amazonas. A medalha foi entregue pela desembargadora presidente do TJAM, Nélia Caminha Jorge, que destacou a contribuição de todos os homenageados à Justiça. “Que essa medalha seja, além de uma distinção pessoal, um estímulo para que continuem a exercer suas funções com excelência”, desejou. 

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Além do presidente do TJRO, a honraria, no Grau “Grande Mérito” foi concedida ao Ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Flávio Dino de Castro e Costa (que foi representado no evento pela juíza Lidia de Abreu Carvalho); ao presidente do Superior Tribunal Militar, ministro Francisco Joseli Parente Camelo; ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás e presidente do Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre), desembargador Carlos Alberto França; ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo; ao presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, desembargador Waldir Leôncio Júnior; ao Procurador-Geral do Município de Manaus, Rafael Lins Bertazzo; à vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso, desembargadora Maria Erotildes Kneip; ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Maranhão, desembargador José Ribamar Froz Sobrinho; à ministra Eliana Calmon Alves (representada pela juiza Lidia de Abreu Carvalho); à presidente do Tribunal de Justiça do Acre, desembargadora Regina Célia Ferrari Longuini; ; e ao Arcebispo Metropolitano de Manaus, Cardeal Dom Leonardo Ulrich Steiner.

Sobre a medalha

A condecoração foi criada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas por meio da Resolução n.º 49, de 21 de outubro de 1982, e se constitui na mais alta distinção honorífica da Corte, com a finalidade de laurear Membros da Magistratura que se destacaram no exercício de seus deveres constitucionais, cultura jurídica e produtividade, bem como as personalidades que tenham se distinguido pela notoriedade do saber jurídico e serviços relevantes prestados à Justiça Estadual.

Assista a solenidade

 

Assessoria de Comunicação Institucional

Fonte: TJ RO

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