Agronegócio
RS continua sofrendo com as cheias. Prejuízos no agro somam R$ 1,1 bilhão
Agronegócio
O Rio Grande do Sul amanheceu nesta segunda-feira (13.05) sob alerta máximo para novas inundações severas, com rios subindo rapidamente e colocando o estado em estado de alerta.
O Guaíba, principal rio do estado, voltou a subir após as fortes chuvas do fim de semana, atingindo 4,78 metros. Projeções da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) indicam que a água pode chegar a 5,5 metros, superando o recorde da semana passada.
O rio Taquari, outro improtnate na região, transbordou novamente, causando novas inundações no interior do estado. Bombeiros alertam moradores para evacuarem suas casas. O Taquari deságua no Guaíba, agravando ainda mais a situação. E em consequência, a Lagoa dos Patos, localizada no sul do estado, também preocupa, superando o recorde da enchente histórica de 1941.
Prejuízos Bilionários na Agropecuária – Os prejuízos na agropecuária gaúcha já se mostram bilionários, com perdas estimadas em R$ 1,71 bilhão pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Na primeira leitura, a confederação calculava impacto de R$ 570 milhões na produção do Rio Grande do Sul. Eram R$ 435 milhões em perdas no setor agrícola e R$ 134,7 milhões na pecuária. Agora, o levantamento atualiza as cifras para R$ 1,1 bilhão em perdas na agricultura e de R$ 61 milhões na pecuária do Estado. As enchentes que alastram o Rio Grande do Sul afetam desde a lavoura e a criação de animais até o escoamento do que é produzido nas fazendas.
O tamanho real do impacto sequer pode ser mensurado neste momento, dada a dimensão com que a catástrofe climática atingiu o Estado. Neste domingo (12), chuvas intensas voltaram a ocorrer em regiões que já haviam sido devastadas, ampliando os estragos.
Segundo os especialistas, os efeitos da tempestade serão sentidos em diversos setores da economia. O dano total no Estado, calculado pela CNM, é estimado em mais de R$ 8 bilhões.
Com informações da GZH
Fonte: Pensar Agro
Agronegócio
Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.
Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.
Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.
A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.
A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.
Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.
Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
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