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Agronegócio

São Miguel do Guaporé foi o terceiro maior produtor de café do Brasil em 2021

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Com uma produção de 44 mil toneladas, o município de São Miguel do Guaporé foi o terceiro maior produtor de café do Brasil em 2021, ficando atrás apenas dos municípios de Patrocínio (60 mil toneladas), em Minas Gerais, e Rio Bananal (45 mil toneladas), no Espírito Santo. Em todo o estado de Rondônia, foram produzidas 170 mil toneladas, representando 5,7% da produção nacional, deixando o estado na quinta posição no ranking por Unidade Federativa.

Os dados, que são da Produção Agrícola Municipal (PAM), pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram ainda que entre os cem maiores produtores de café do país, estão os municípios de Cacoal (22 mil toneladas), na 21ª posição, Alto Alegre dos Parecis (15 mil toneladas), em 43º lugar, Nova Brasilândia d’Oeste (15 mil toneladas), duas posições depois, Alta Floresta d’Oeste (14 mil toneladas), em 50º lugar, Buritis (dez mil toneladas), na posição 74, e Ministro Andreazza (nove mil toneladas) em 94º lugar.

Embora a área destinada à colheita de café tenha diminuído 47,8% entre 2012 e 2021, observa-se que a produção estadual teve um crescimento de 99,7%, passando de 85 mil toneladas naquele ano para 170 mil toneladas. O resultado positivo deve-se ao aumento de rendimento médio por hectare devido à substituição do café seminal por muda clonal. Enquanto em 2012, eram produzidos 687 quilogramas por hectare, em 2021, foram produzidos 2.619 quilogramas por hectare.

Ainda sobre lavouras permanentes, a PAM indica que o cacau apresentou aumento de produção de 2,3% entre 2017 e 2021, passando de 5.055 toneladas para 5.171 toneladas, apesar da redução de 10,4% no tamanho da área destinada à colheita. O fruto é a segunda cultura permanente com maior área destinada à colheita em Rondônia.

Os municípios de Jaru (1.276 toneladas), Buritis (743 toneladas), Ouro Preto do Oeste (720 toneladas), Monte Negro (307 toneladas) e Cacaulândia (209 toneladas) foram os maiores produtores de cacau em Rondônia no ano de 2021.

Cinco municípios rondonienses concentram metade da produção de soja do estado

A pesquisa sobre Produção Agrícola Municipal (PAM) aponta que os municípios de Corumbiara (171 mil toneladas), Pimenteiras do Oeste (161 mil toneladas), Vilhena (150 mil toneladas), Cerejeiras (131 mil toneladas) e Chupinguaia (131 mil toneladas) representaram 55,2% da produção rondoniense de soja, que foi de 1,35 mil toneladas.

Os municípios de Cabixi (103 mil toneladas), Rio Crespo (87 mil toneladas), Alto Paraíso (71 mil toneladas), Machadinho d’Oeste (48 mil toneladas) e Cujubim (48 mil toneladas) completam o ranking dos dez maiores produtores de soja no estado de Rondônia.Em relação à produção de arroz, a pesquisa indica estabilidade desde 2013, após uma queda 47,5% em relação a 2012. No ano de 2021, Rondônia produziu 114 mil toneladas, sendo São Miguel do Guaporé o município com maior produção no estado (19 mil toneladas).Porto Velho, com 15 mil toneladas produzidas, Nova Mamoré (11 mil toneladas), Cujubim (dez mil toneladas) e Rio Crespo (dez mil toneladas) completam o ranking rondoniense de maiores produtores.

Sobre o feijão, observa-se uma diminuição ao longo dos anos tanto em área plantada quanto em produção. Entre 2012 e 2021, a área destinada para esta cultura reduziu 74,2%, enquanto a produção caiu 68,2%, passando de 37 mil toneladas em 2012 para quase 12 mil toneladas em 2021.

Em 2021, os maiores produtores rondonienses de feijão foram: Alto Alegre dos Parecis (seis mil toneladas), Alta Floresta d’Oeste (duas mil toneladas), Cujubim (mil toneladas), Cacoal (788 toneladas) e Jaru (408 toneladas).

Além destas lavouras, constata-se uma diminuição gradual, desde 2017, tanto em área plantada quanto em produção de mandioca, atingindo 417 mil toneladas em 18 mil hectares, no ano de 2021. A quantidade produzida em 2021 foi 36,5% menor que a produção de 2017.

Os municípios que mais produziram mandioca foram: Porto Velho, com 99 mil toneladas, Candeias do Jamari (35 mil toneladas), Machadinho d’Oeste (22 mil toneladas), Jaru (21 mil toneladas) e Nova Mamoré (18 mil toneladas).

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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