Brasil
Secretários de saúde do Brasil lançam site para divulgar dados sobre covid-19
Brasil
O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) lançou neste domingo, 7, um site para divulgar dados sobre o novo coronavírus no Brasil. A medida do órgão, que reúne os gestores dos 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal, ocorreu após o Ministério da Saúde mudar a forma de divulgação dos números sobre a covid-19 no País. Nos últimos dias, o ministério passou a omitir o número total de casos e mortes causadas pela doença, informando apenas os dados das últimas 24 horas. A divulgação dos dados passaram também a ser cada vez mais tarde, das 17h para 19h e depois para 22h.
De acordo com o Conass, os dados no portal lançado neste domingo serão atualizados diariamente às 17h. Desde a última quinta-feira, o Ministério da Saúde passou a divulgar os dados apenas no fim da noite, a partir das 21h30.
Em nota assinada pelo presidente do Conass, Alberto Beltrame, o site informa que a entidade “pauta sua atuação pelo mais alto interesse público, respeito à diversidade e pluralismo democrático. Nosso valor maior é a vida. A defesa da saúde e da vida é nosso compromisso inabalável com os brasileiros. Tendo a democracia como princípio, o Conass busca incessantemente o consenso para o fortalecimento do sistema de saúde que todos desejamos. Um SUS capaz de acolher, proteger, promover, recuperar e salvar vidas de todos os brasileiros, com empatia, solidariedade e compaixão é o que queremos. A ciência, a verdade e a informação precisa e oportuna são fios condutores do processo orientador da tomada de decisão na gestão da saúde.”
Também neste domingo, o ex-secretário do Ministério da Saúde e atualmente no comitê criado pelo Governo de São Paulo, João Gabbardo, divulgou o lançamento de um outro portal. Segundo ele, a plataforma “será atualizada de hora em hora, direto das bases estaduais”.
Há ainda um outro site paralelo que vem divulgando todos os números de casos e mortes por coronavírus no Brasil. O Brasil.io é composto por voluntários que compilam os boletins epidemiológicos das 27 Secretarias Estaduais de Saúde.è
Brasil
STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos
Ministro Dias Toffoli conclui leitura de seu voto
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (4) o julgamento dos processos que tratam da responsabilidade das empresas que operam as redes sociais sobre o conteúdo ilegal postado pelos usuários das plataformas.
O julgamento começou na semana passada e ainda não há placar de votação formado. Somente o ministro Dias Toffoli, relator de um dos processos, iniciou a leitura de seu voto, que deve ser finalizado na sessão de hoje. Mais dez ministros vão votar sobre a questão.
A Corte discute a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.
De acordo com o artigo 19, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens ilegais feitas por seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.
Na semana passada, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da reponsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial, que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.
Por outro lado, os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli já sinalizaram que devem se manifestar a favor de balizas para obrigar as redes sociais a retirarem conteúdos ilegais de forma mais rápida.
Para Moraes, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 demonstraram a “falência” do sistema de autorregulação das redes sociais .
Dias Toffoli afirmou que o Marco Civil da Internet deu imunidade para as plataformas digitais.
Entenda
O plenário do STF julga quatro processos que discutem a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet.
Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de um perfil falso de um usuário.
No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.
A ação relatada por Edson Fachin discute a legalidade do bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por decisões judiciais e chegou à Corte por meio de um processo movido por partidos políticos.
A quarta ação analisada trata da suspensão do funcionamento de aplicativos diante do descumprimento de decisões judiciais que determinam a quebra do sigilo em investigações criminais.
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