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Agronegócio

Soja é o produto agrícola com maior representatividade econômica em Rondônia

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Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (08), a soja é o produto agrícola com maior produção e com maior expectativa econômica em Rondônia, devendo render aos produtores R$ 1,2 bilhão na safra 2019. A soja é seguida pelo café (R$ 580 milhões), milho (R$ 555 milhões) e mandioca/macaxeira (R$ 513 milhões).

Em produção, a soja apresentou um aumento de 19%. Em 2018, eram 300 mil hectares, que produziram um milhão de toneladas; já em 2019, foram 344 mil hectares, produzindo 1.187.945 toneladas. Alto Paraíso foi o município com o maior aumento proporcional: 178%, passando de 29 mil toneladas para 83 mil toneladas.
Em relação à produção, o cupuaçu foi o produto que apresentou a maior variação entre 2018 e 2019: 200%, passando de 772 toneladas para 2.306 toneladas. O milho está em segundo lugar, com um aumento de 30%: de 735 mil toneladas em 2018 para 954 mil toneladas em 2019.
O café irrigado, terceiro produto com maior crescimento (29%), subiu a produção de 91 mil toneladas para 118 mil toneladas. A área plantada aumentou em 65%, passando de 26 mil hectares para 43 mil hectares. O município com a maior produção foi São Miguel do Guaporé: 36 mil toneladas.

Apesar de apresentar diminuição em área plantada em 20%, o cacau teve aumento de produção em 24%, passando de 4.108 toneladas em 2018 para 5.087 toneladas em 2019. A produção encontra-se concentrada na região do Vale do Jamari.

O arroz, que apresentou um aumento de 13% na produção, subiu de 109 mil para 123 mil toneladas entre 2018 e 2019. Já a área plantada aumentou de 39 mil hectares para 43 mil hectares – aumento de 10%. Porto Velho foi o município com a maior produção (28 mil toneladas) seguido de Pimenteiras do Oeste (20 mil toneladas).
O analista do IBGE, Jorge Elarrat, fala que estes dados confirmam a aptidão crescente de Rondônia para as lavouras temporárias em substituição às permanentes, que foram predominantes até os anos 90.

Amabile Casarin

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Agronegócio

Conab conclui a rodada de leilões de contratos de venda de arroz

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluiu na sexta-feira (20.12) a última rodada de leilões de contratos de opção de venda de arroz para a safra 2024/25. O encerramento marca o fim de uma iniciativa que buscou regular o mercado interno do cereal, ao mesmo tempo em que encerra a polêmica sobre a possível necessidade de importação para equilibrar a oferta no país. Foram negociados, nesta etapa final, 28,9 mil toneladas de arroz, em um valor total de R$ 51,1 milhões.

Desde julho, o mercado de arroz em casca no Brasil enfrentou um cenário de forte desacordo entre produtores e compradores. De um lado, os produtores optaram por priorizar exportações no porto de Rio Grande (RS), aproveitando a demanda internacional e buscando mitigar os efeitos da desvalorização do dólar. De outro, compradores, como indústrias de beneficiamento, resistiram a pagar preços mais altos, alegando dificuldades em repassar os custos ao varejo e atacado. Esse impasse travou negociações no mercado interno e trouxe incertezas para a definição dos preços do cereal.

Os leilões realizados pela Conab foram vistos como uma tentativa de aliviar essas tensões. Apesar de a expectativa inicial ser a comercialização de até 500 mil toneladas de arroz, foram negociadas ao todo 92,2 mil toneladas em 3,4 mil contratos de opção.

A operação, que contou com um orçamento de quase R$ 1 bilhão, poderá gerar um custo de R$ 163 milhões à Conab, caso todos os contratos sejam exercidos. O presidente da estatal, Edegar Pretto, avaliou o resultado como positivo, destacando que a baixa adesão indica confiança dos produtores na capacidade de absorção da safra pelo mercado doméstico, estimada em 12 milhões de toneladas.

A conclusão dos leilões também encerra uma das discussões mais sensíveis do ano: a possibilidade de importação de arroz para regular o mercado interno. Em julho, com o impasse entre oferta e demanda, a proposta de trazer arroz de outros países foi cogitada, mas enfrentou forte resistência dos produtores nacionais. Agora, com a comercialização incentivada pelos contratos de opção de venda, o cenário se ajusta, afastando o risco de medidas externas.

Os leilões também tiveram impacto regional significativo. No Rio Grande do Sul, maior estado produtor, cooperativas e agricultores de municípios como São Borja e Itaqui participaram ativamente. Já no Mato Grosso, produtores de cidades como Água Boa e Nova Monte Verde foram destaque na negociação dos contratos. Apesar de os números finais não terem atingido a meta inicial, a iniciativa da Conab trouxe alívio ao setor, consolidando-se como um mecanismo eficaz de regulação do mercado.

Com a finalização desse processo, espera-se maior estabilidade para o próximo ciclo de produção e comercialização. A estratégia da Conab reforçou a confiança do setor produtivo na capacidade de atender à demanda interna e garantiu maior segurança ao mercado, sem recorrer a medidas que poderiam comprometer a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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