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TEORI QUE ESTAVA COM PROCESSO DE PEDIDO DE PRISÃO DO SENADOR
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O novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que vai ser nomeado pelo presidente Michel Temer, vai herdar processos que estão no gabinete de Teori Zavascki, morto nesta quinta-feira (19) em um acidente de avião. Entre as ações que ficarão sob a responsabilidade do novo integrante da Corte estão casos sobre descriminalização do porte de maconha; obrigatoriedade de o poder público financiar remédios de alto custo e um processo que pede a prisão do senador Ivo Cassol (PP-RO).
Teori também era o relator da Operação Lava Jato no STF e era responsável pela análise de denúncias, recursos e delações premiadas no âmbito da operação. No entanto, a Lava Jato pode ficar com outro ministro, e não necessariamente com o sucessor de Teori.
Uma possibilidade, prevista no regimento do STF, é uma redistribuição dos processos pela presidente do tribunal, Cármen Lúcia, “em caráter excepcional”.
Processos de Teori
Atualmente, há no gabinete do ministro um acervo de 7.566 processos, sendo 12 ações penais e 65 inquéritos, a maioria contra políticos e autoridades com o chamado foro privilegiado.
O ministro havia pedido vistas (mais tempo para análise) no processo que pode descriminalizar o porte de maconha para consumo pessoal. Três ministros do Supremo, Luiz Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes já haviam votado a favor da descriminalização, mas o julgamento foi interrompido após o pedido de Teori.
Outro processo que estava sob os cuidados de Teori é o que pode obrigar o poder público a fornecer medicamentos de alto custo que não constam da lista do Sistema Único de Saúde (SUS). Edson Fachin, Marco Aurélio Mello e Luís Roberto Barroso já haviam se manifestado antes de o julgamento ser interrompido também por um pedido de vista do ministro Teori.
Ele ainda pediu vista para analisar recurso do senador Ivo Cassol (PP-RO) em processo que condenou o parlamentar a 4 anos, 8 meses e 26 dias de detenção em regime semiaberto, além do pagamento de multa, pelo crime de fraude a licitações quando Cassol era prefeito da cidade de Rolim de Moura, no interior de Rondônia.
Como esses processos não são urgentes, o ministro que for indicado no lugar de Teori Zavascki assumirá o caso e dará o voto-vista para prosseguimento e conclusão do julgamento.
Outros dois casos importantes que estavam nas mãos de Teori são o mandado de segurança que discute se foi legal
ou não o impeachment de Dilma Rousseff e a reclamação sobre a validade de buscas autorizadas por um juiz federal nas dependências do Senado, para apurar a atuação da polícia legislativa.
FONTE: G1
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STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos
Ministro Dias Toffoli conclui leitura de seu voto
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (4) o julgamento dos processos que tratam da responsabilidade das empresas que operam as redes sociais sobre o conteúdo ilegal postado pelos usuários das plataformas.
O julgamento começou na semana passada e ainda não há placar de votação formado. Somente o ministro Dias Toffoli, relator de um dos processos, iniciou a leitura de seu voto, que deve ser finalizado na sessão de hoje. Mais dez ministros vão votar sobre a questão.
A Corte discute a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.
De acordo com o artigo 19, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens ilegais feitas por seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.
Na semana passada, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da reponsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial, que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.
Por outro lado, os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli já sinalizaram que devem se manifestar a favor de balizas para obrigar as redes sociais a retirarem conteúdos ilegais de forma mais rápida.
Para Moraes, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 demonstraram a “falência” do sistema de autorregulação das redes sociais .
Dias Toffoli afirmou que o Marco Civil da Internet deu imunidade para as plataformas digitais.
Entenda
O plenário do STF julga quatro processos que discutem a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet.
Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de um perfil falso de um usuário.
No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.
A ação relatada por Edson Fachin discute a legalidade do bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por decisões judiciais e chegou à Corte por meio de um processo movido por partidos políticos.
A quarta ação analisada trata da suspensão do funcionamento de aplicativos diante do descumprimento de decisões judiciais que determinam a quebra do sigilo em investigações criminais.
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