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Política

Tiririca se diz abalado com corrupção e desiste da Câmara: “Subo à tribuna pela primeira e última vez”

Política

Em seu primeiro discurso na tribuna do plenário depois de sete anos de mandato, Tiririca (PR-SP) subiu ao púlpito para dizer que aquele também seria o último. Em pronunciamento de pouco mais de oito minutos, o segundo deputado mais votado da história, atrás apenas de Enéas Carneiro (1938-2007), do antigo Prona, anunciou nesta quarta-feira (6) que desistirá da vida parlamentar. Dizendo-se envergonhado com a classe política, o artista-palhaço foi aplaudido pelos pares tanto ao se dirigir à tribuna quanto ao fim da fala.

Veja o discurso histórico de Tiririca:

 

“Subo nesse tribuna pela primeira vez e pela última vez. Não por morte. Estou abandonando a vida pública”, disse o deputado, em discurso confirmado pela assessoria.

“Vamos olhar um pouco pelo nosso país, vamos esquecer um pouco as brigas. Vamos esquecer um pouco o ego e olhar para o nosso povo. E o povo que eu falo é aquele povo que necessita de saúde. eu tenho certeza que nenhum de vocês passou por isso. A gente sabe que todos ganhamos bem para trabalhar e nem todos trabalham”, acrescentou o deputado, fazendo menção ao levantamento periódico do Congresso em Foco que o coloca como campeão de assiduidade na Câmara.

 

A assessoria de imprensa do deputado faz a ressalva de que ele terminará o mandato em dezembro de 2018, mas não concorrerá a qualquer outro mandato eletivo. Parlamentar mais votado nas eleições de 2010, quando recebeu 1,3 milhão de votos do eleitor paulista, Tiririca admite não tem traquejo para o jogo da política e não tem estômago para digerir certas ações do Parlamento.

Nos últimos anos, Tiririca participou de decisões importantes no Congresso. Disse “sim” ao impeachment de Dilma Rousseff, votou a favor das denúncias de corrupção, organização criminosa e obstrução de Justiça contra Michel Temer e adiantou que votará contra a reforma da Previdência. Mas, sem demonstrar conhecimento a respeito de temas como legislação trabalhista, por exemplo, costuma acatar a orientação de seu partido em votações de projetos na Câmara.

 

Deputado do circo

O primeiro palhaço profissional a conquistar um lugar no Parlamento brasileiro conclui seu primeiro mandato como representante do circo no Congresso. Dos oito projetos de lei apresentados por Tiririca, seis pretendem assegurar direitos à comunidade circense, na qual ele começou sua carreira artística ainda criança. Um deles foi aprovado durante seu primeiro mandato (2010-2014).

 

 

Uma das propostas do deputado prevê o reconhecimento do circo como manifestação cultural para que os artistas circenses possam ser beneficiados com os incentivos fiscais da Lei Rouanet. Ele também propôs a inclusão do trailer e do motor home utilizados por artistas de circo como moradia no programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Em outros dois projetos, Tiririca sugeriu a isenção do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para veículos usados em atividade circense e mudança na legislação para garantir aos filhos de artistas de circo, na faixa etária de 4 a 17 anos, cuja atividade seja itinerante, vaga nas escolas pública ou particulares.

Bolsa-Alfabetização

As outras duas propostas feitas por ele tratam de educação: uma cria uma “Bolsa-Alfabetização” para analfabetos com idade superior a 18 anos matriculados na rede pública por seis meses; e a outra, um vale-livro para alunos da rede oficial. O deputado foi relator de oito proposições.

Acusado por um promotor eleitoral de ter omitido a informação de que era analfabeto, Tiririca teve de fazer um teste para comprovar que sabia ler e escrever (condição obrigatória para alguém disputar um cargo eletivo no país). O caso só foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro do ano passado. Os ministros da corte máxima do Judiciário brasileiro concluíram que ele tem “rudimentares conhecimentos de escrita e leitura” e que cassar seu registro seria uma decisão discriminatória.

Sempre presente no plenário, Tiririca também é figura carimbada na Comissão de Educação e Cultura, da qual é titular desde o início do mandato. A frequência às comissões não é obrigatória e muitos parlamentares dedicam pouca atenção a elas. Não é o caso dele. Um dos mais assíduos, o deputado apareceu em 158 (90%) das 176 reuniões realizadas pela Comissão de Educação desde março de 2011.

Cantoria com Suplicy

Por dois anos consecutivos, Tiririca também foi apontado como um dos melhores congressistas do ano por jornalistas e internautas que votaram no Prêmio Congresso em Foco. Em 2012, após receber o prêmio, ele e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) se juntaram à banda brasiliense Móveis Coloniais de Acaju para protagonizar o mais divertido momento daquela noite de novembro.

Veja no vídeo:

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PF descapitaliza cerca de R$ 1 bilhão de organização criminosa

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Nesta 3ª fase das investigações, constatou-se que a organização criminosa contava com a participação de servidores ocupantes de cargos estratégicos e de direção do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM)
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Na manhã desta segunda-feira, 9/12, Dia Internacional Contra a Corrupção, a Polícia Federal deflagrou a Operação Expurgare, com ações simultâneas nos estados do Amazonas, Pernambuco e Rondônia. A Operação Expurgare é uma continuação da Operação Greenwashing.

Nesta 3ª fase das investigações, constatou-se que a organização criminosa contava com a participação de servidores ocupantes de cargos estratégicos e de direção do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM). Esses servidores utilizavam suas posições para facilitar práticas ilegais, como a emissão de licenças ambientais fraudulentas, suspensão de multas e autorizações irregulares para desmatamento.

Os envolvidos já haviam sido indiciados em 2019 durante a Operação Arquimedes, que investigou crimes semelhantes. Nesta etapa, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisões preventivas, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Manaus/AM, como parte das estratégias para desmantelar o esquema criminoso.

A Operação Greenwashing já havia revelado um esquema de fraudes fundiárias que se estendeu por mais de uma década e foi iniciado em Lábrea/AM, envolvendo a duplicação e falsificação de títulos de propriedade. Essas fraudes resultaram na apropriação ilegal de cerca de 538 mil hectares de terras públicas.

Entre 2016 e 2018, a organização criminosa expandiu suas atividades ilícitas, reutilizando títulos de propriedade e inserindo dados falsos no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), com a colaboração de servidores públicos e responsáveis técnicos. Nos últimos três anos, uma nova expansão das atividades ilícitas do grupo ocorreu na região de Apuí/AM e Nova Aripuanã/AM.

Por meio das medidas já implementadas, foi possível desarticular financeiramente a organização criminosa, que resultou na descapitalização de quase R$ 1 bilhão. A Polícia Federal reforça que operações como a Expurgare são fundamentais para combater a corrupção, proteger o meio ambiente e responsabilizar os envolvidos em atividades ilícitas.

Denúncias anônimas sobre os crimes em investigação podem ser encaminhadas por meio do canal https://forms.office.com/r/UBmPaNbDxM. A PF garante o sigilo absoluto e a proteção da identidade do denunciante.

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Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia

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