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Guajará-Mirim

Bois-bumbás Flor do Campo e Malhadinho resgatam histórias e identidades culturais

Guajará-Mirim

Festival celebra heranças indígenas e caboclas da região.

Os bois-bumbás Flor do Campo e Malhadinho são os protagonistas do Duelo na Fronteira, festival folclórico de Guajará-Mirim, que acontece neste fim de semana. Criados na década de 1980, esses bois resgatam histórias e contribuem para a preservação das identidades culturais, celebrando as heranças indígenas e caboclas da região.

Neste ano, o boi-bumbá Flor do Campo levará para a arena o tema “Terra de um povo mestiço”. Criado em 1981, foi o primeiro boi a surgir em Guajará-Mirim, resultado do trabalho da professora Georgina Ramos da Costa.

O Flor do Campo é conhecido pelas cores vermelha e branca. Inicialmente, o boi foi confeccionado com materiais recicláveis, como sucatas, cipó e papelão, com o objetivo de se apresentar nas festas juninas das escolas públicas do município, onde recebeu o apelido de “Famosinho”.

O nome Flor do Campo foi inspirado no Pará, estado natal de Georgina. Na época, o boi dançava no estilo maranhense, com muitos enfeites e brilhos, refletindo as características nordestinas do Bumba Meu Boi.

Ao longo dos anos, o boi passou a incorporar influências amazônicas, absorvendo lendas do folclore e da mitologia indígena, o que enriqueceu ainda mais suas apresentações. Com isso, o Flor do Campo passou a apresentar atributos típicos do Boi-Bumbá.
O boi-bumbá Flor do Campo defende as cores vermelha e branca (Fotos: Secom Governo de Rondônia)

Por outro lado, o boi-bumbá Malhadinho se apresentará com o enredo “Tekohá – este chão é nossa essência”. Criado em 1986 por Leonilso Muniz de Souza, com o apoio do amigo Aderço Mendes da Silva, o boi tinha como objetivo tirar crianças das ruas, oferecendo uma ocupação para o tempo ocioso.

Inicialmente, o boi era confeccionado em madeira, cipó, compensado, veludo e pregos, e suas cores eram preto e branco. As fantasias eram produzidas com papelão, penas, papel, lantejoulas e outros materiais. Com o tempo, o boi passou a adotar as cores azul e branca.

Após a criação dos dois bois, o festival foi instituído a partir de um projeto da União Municipal das Associações de Moradores de Guajará-Mirim (Umam), com o apoio da Universidade Federal de Rondônia (Unir). A primeira edição aconteceu em 1995.

A programação do festival tem como objetivo apresentar as diversas manifestações culturais da região, destacando a história e a tradição de seu povo, composto por várias etnias indígenas, pela população negra remanescente dos quilombolas do Vale do Guaporé, pelos seringueiros e outros personagens históricos da região.

O boi-bumbá Malhadinho tem as cores azul e branca (Fotos: Secom Governo de Rondônia)

O Duelo da Fronteira começou na sexta-feira (15) e segue até segunda-feira (18), com entrada gratuita. Na sexta-feira, as atrações musicais foram os cantores Mano Walter e Thaeme & Thiago, e a arena ficou lotada. As apresentações dos bois-bumbás acontecem neste sábado e domingo.

A festa é organizada pela Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), em parceria com a Associação Waraji e a Prefeitura de Guajará-Mirim. O evento também conta com o apoio da Assembleia Legislativa de Rondônia, que destinou recursos financeiros por meio de emendas parlamentares.

A população pode acompanhar a transmissão do festival, ao vivo, pelo canal da TV Assembleia, 7.2, ou ainda pelo canal no YouTube.

 

Texto: Eliete Marques I Secom ALE/RO

 

 

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FESTIVAL E CULTURA: Cultura e oportunidade de negócios, festival Duelo na Fronteira movimenta economia regional

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O Duelo na Fronteira, promovido pelo governo de Rondônia, tem se consolidado como um dos maiores eventos culturais e turísticos da região, trazendo impacto direto na economia local. Durante os dias do festival, Guajará-Mirim e cidades vizinhas registraram um aumento expressivo no fluxo de visitantes, gerando renda, emprego e oportunidades para comerciantes e prestadores de serviço.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, além do impacto econômico imediato, o evento contribui para fortalecer a imagem da região como um destino turístico atrativo, incentivando investimentos e parcerias a longo prazo. “O sucesso do festival Duelo na Fronteira é prova de como a cultura e o turismo podem ser poderosas ferramentas para o desenvolvimento econômico sustentável”, ressaltou.

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS 

Os hotéis da cidade estão com lotação máxima, enquanto moradores aproveitam a alta demanda para alugar casas e quartos. “Desde o anúncio do festival, todos os nossos quartos foram reservados. Muitos clientes, inclusive, começaram a nos procurar meses antes para garantir hospedagem”, afirmou João Silva, gerente de um dos principais hotéis da cidade.

O setor gastronômico também colhe frutos. Restaurantes, lanchonetes e food trucks tiveram aumento no movimento. “Nunca vendemos tanto em tão pouco tempo! É uma oportunidade única para mostrar o que Guajará-Mirim tem de melhor e fidelizar clientes”, disse Maria Fernanda, proprietária de uma tradicional lanchonete local.

O festival projeta, ainda, o mercado informal. Artesãos, vendedores ambulantes e taxistas relataram um crescimento no faturamento. “Montei uma barraca no festival e vendi tudo no primeiro dia. E já corri para repor o estoque”, frisou Ana Paula, artesã que trabalha com artigos em couro e madeira.

EMPREENDEDORISMO 

Outro destaque da programação é a Feira do Empreendedor, promovida pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec). Com uma estrutura moderna e planejada, a Feira tem sido um ponto estratégico para pequenos empreendedores divulgarem produtos e serviços para centenas de visitantes do evento. “A missão é oferecer oportunidades aos empreendedores locais expandirem os negócios. O evento é uma vitrine para o talento e a criatividade da região”, destacou o secretário da Sedec, Sérgio Gonçalves.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), Júnior Lopes, o festival é um exemplo de como o investimento em cultura traz benefícios amplos à sociedade. “O Duelo na Fronteira vai além do entretenimento, movimenta toda a cadeia produtiva, desde o turismo até o comércio local, além de gerar emprego e renda para população. Eventos como esse, mostram que a cultura é uma força econômica poderosa e que devemos continuar fortalecendo essas iniciativas”, destacou.

O festival celebra a diversidade cultural da região, e também reforça a importância de iniciativas que promovam a integração entre cultura e economia, beneficiando toda a comunidade. A união entre as ações da Sejucel e Sedec consolida o evento como um modelo de fomento econômico e desenvolvimento local.

Fonte
Texto: Sângela Oliveira
Fotos: Frank Néry
Secom – Governo de Rondônia

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