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Guajará-Mirim

Rondônia anuncia integração Brasil-Bolívia-Atlântico a partir de Guajará Mirim

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O vice-governador Daniel Pereira, de Rondônia, disse que ainda neste ano será licitado os projetos básico e executivo da ponte binacional a ser construída na cidade de Guajará Mirim. Rondônia dá passos largos para a aproximação comercial e cultural com a República da Bolívia, por meio de uma ferrovia com início também em Guajará Mirim, ligando o país fronteiriço à Hidrovia do Madeira e daí ao Oceano Atlântico, como meio para facilitar o comércio exterior da Bolívia.

Daniel Pereira falou da importância da integração cultural entre Rondônia e Beni, destacando a necessidade de implementação de políticas mútuas de apoio ao projeto, citando os milhares de estudantes brasileiros na Bolívia e de tantos bolivianos no Brasil, que enfrentam barreiras de toda ordem, especialmente em relação ao transporte e com a língua. Ele defendeu a necessidade de formalização de um termo de acordo entre os Governos, para implantação de cadeiras de língua espanhola nas escolas do Estado de Rondônia, o que já vem sendo feito, e vice-versa, com o mesmo modelo, a inserção na grade curricular boliviana, da cadeira de língua portuguesa, o que facilitaria concretamente a integração entre os povos irmãos.

Há, em compasso de espera, grandes projetos de interesse mútuo, na área comercial, por exemplo, em que o Estado de Rondônia pode importar sal mineral da Bolívia para atender a pecuária rondoniense de mais de 14 milhões de cabeças de bovinos, e como contrapartida pode exportar calcário e fertilizantes para a Bolívia que tem milhões de hectares de áreas agricultáveis nos Departamentos de Beni e Pando, principalmente, que vão se firmando como importantes produtores de grãos, em especial de soja, que já começa ser exportada da Bolívia para o mundo pela Hidrovia do Madeira.

O assessor do Ministério da Defesa da Bolívia, Jorge Chaves, discorreu sobre vários pontos do projeto de integração, destacando iniciativas culturais, intelectuais, científicas e tecnológicas que podem dar um caráter grandioso à integração entre os dois países, mas foi enfático também quanto aos aspectos comerciais e de valor histórico para Brasil e Bolívia.

Ele falou dos interesses de seu país neste projeto, como alternativa para escoamento dos seus produtos e exportação. Citou os primeiros embarques realizados no Porto de Porto Velho, que pela Hidrovia do Madeira está levando a castanha e a madeira bolivianas para a Europa e para o mundo, além da soja que também já começou a ser exportada pela Bolívia através do porto local, com perspectiva de crescimento e diversificação da pauta de exportações.

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FESTIVAL E CULTURA: Cultura e oportunidade de negócios, festival Duelo na Fronteira movimenta economia regional

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O Duelo na Fronteira, promovido pelo governo de Rondônia, tem se consolidado como um dos maiores eventos culturais e turísticos da região, trazendo impacto direto na economia local. Durante os dias do festival, Guajará-Mirim e cidades vizinhas registraram um aumento expressivo no fluxo de visitantes, gerando renda, emprego e oportunidades para comerciantes e prestadores de serviço.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, além do impacto econômico imediato, o evento contribui para fortalecer a imagem da região como um destino turístico atrativo, incentivando investimentos e parcerias a longo prazo. “O sucesso do festival Duelo na Fronteira é prova de como a cultura e o turismo podem ser poderosas ferramentas para o desenvolvimento econômico sustentável”, ressaltou.

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS 

Os hotéis da cidade estão com lotação máxima, enquanto moradores aproveitam a alta demanda para alugar casas e quartos. “Desde o anúncio do festival, todos os nossos quartos foram reservados. Muitos clientes, inclusive, começaram a nos procurar meses antes para garantir hospedagem”, afirmou João Silva, gerente de um dos principais hotéis da cidade.

O setor gastronômico também colhe frutos. Restaurantes, lanchonetes e food trucks tiveram aumento no movimento. “Nunca vendemos tanto em tão pouco tempo! É uma oportunidade única para mostrar o que Guajará-Mirim tem de melhor e fidelizar clientes”, disse Maria Fernanda, proprietária de uma tradicional lanchonete local.

O festival projeta, ainda, o mercado informal. Artesãos, vendedores ambulantes e taxistas relataram um crescimento no faturamento. “Montei uma barraca no festival e vendi tudo no primeiro dia. E já corri para repor o estoque”, frisou Ana Paula, artesã que trabalha com artigos em couro e madeira.

EMPREENDEDORISMO 

Outro destaque da programação é a Feira do Empreendedor, promovida pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec). Com uma estrutura moderna e planejada, a Feira tem sido um ponto estratégico para pequenos empreendedores divulgarem produtos e serviços para centenas de visitantes do evento. “A missão é oferecer oportunidades aos empreendedores locais expandirem os negócios. O evento é uma vitrine para o talento e a criatividade da região”, destacou o secretário da Sedec, Sérgio Gonçalves.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), Júnior Lopes, o festival é um exemplo de como o investimento em cultura traz benefícios amplos à sociedade. “O Duelo na Fronteira vai além do entretenimento, movimenta toda a cadeia produtiva, desde o turismo até o comércio local, além de gerar emprego e renda para população. Eventos como esse, mostram que a cultura é uma força econômica poderosa e que devemos continuar fortalecendo essas iniciativas”, destacou.

O festival celebra a diversidade cultural da região, e também reforça a importância de iniciativas que promovam a integração entre cultura e economia, beneficiando toda a comunidade. A união entre as ações da Sejucel e Sedec consolida o evento como um modelo de fomento econômico e desenvolvimento local.

Fonte
Texto: Sângela Oliveira
Fotos: Frank Néry
Secom – Governo de Rondônia

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